Tradução e prefácio de Manuel Frazão
Aristóteles - pelo rigor de sua metodologia e pela amplitude dos campos em que actuou - foi o primeiro pesquisador científico no sentido actual do termo. É também considerado o primeiro filósofo a distinguir a ética da política, centrada a primeira na acção voluntária e moral do indivíduo enquanto tal, e a segunda, nas vinculações deste com a comunidade. Dotado de logos, 'palavra', isto é, de comunicação, o homem é um animal político, inclinado a fazer parte de uma pólis, a 'cidade' enquanto sociedade política - somente aí pode o homem realizar plenamente as suas potencialidades. Escrito no século III a.C., 'Política' é uma análise da sociedade humana, das suas instituições, das suas leis, das suas constituições, dos seus modos de gerir a coisa pública. A Política é constituída por oito livros relativamente independentes, cuja sequência foi, no fundamental, determinada pelo próprio Aristóteles, e para cuja leitura se torna necessário nunca perder de vista os traços característicos do seu modo de pensar - a minúcia da observação, a perspectiva comparativa, a filosófica paixão pelo concreto.
Tradução e prefácio de Manuel Frazão
Aristóteles - pelo rigor de sua metodologia e pela amplitude dos campos em que actuou - foi o primeiro pesquisador científico no sentido actual do termo. É também considerado o primeiro filósofo a distinguir a ética da política, centrada a primeira na acção voluntária e moral do indivíduo enquanto tal, e a segunda, nas vinculações deste com a comunidade. Dotado de logos, 'palavra', isto é, de comunicação, o homem é um animal político, inclinado a fazer parte de uma pólis, a 'cidade' enquanto sociedade política - somente aí pode o homem realizar plenamente as suas potencialidades. Escrito no século III a.C., 'Política' é uma análise da sociedade humana, das suas instituições, das suas leis, das suas constituições, dos seus modos de gerir a coisa pública. A Política é constituída por oito livros relativamente independentes, cuja sequência foi, no fundamental, determinada pelo próprio Aristóteles, e para cuja leitura se torna necessário nunca perder de vista os traços característicos do seu modo de pensar - a minúcia da observação, a perspectiva comparativa, a filosófica paixão pelo concreto.