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Para que a terra não esqueça xx

LT008127

Léon Weliczker Wells

Editora Livraria Bertrand
Idioma Português PT
Estado : Usado 4/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Indisponível

€8
Mais detalhes
  • Tradutor
  • Baptista-Bastos, Manuel de Azevedo
  • Código
  • LT008127
  • Detalhes físicos
  • Nº Páginas
  • 366

Descrição

Introdução e prefácio de Michel Riquet S. J. e Frédéric Pottecher.

«Ao longo das paredes estavam alinhadas enxergas. Dois baldes haviam sido colocados junto da porta e toda a gente se precipitou para eles, pois desde o almoço que nenhum de nós ousara pedir autorização para ir aos sanitários. Em alguns minutos os baldes transbordaram e o soalho ficou inundado. A sala era um charco. “Was ist hier? Sofort ruhe!” (Que se passa? Calem-se imediatamente!”, gritou o guarda disparando duas balas que se alojaram no tecto. “Deitem-se imediatamente!” Num silêncio de morte, estendemo-nos – uma enxerga para dois – e não nos mexemos mais. Do outro lado do tabique, crianças com fome e sede debulhavam-se em lágrimas e homens e mulheres gemiam. Haviam-nos espancado de tal modo que não podiam sentar-se, nem deitar-se, nem estar de pé. Há três dias que esperavam o momento em que os S.S. viessem buscar novas vítimas para as levar para o “areeiro”. Ao fim de alguns instantes comecei a falar com o meu vizinho, que, como todos os que trabalhavam no barranco, cheirava muito mal. As suas roupas fediam de tal maneira a cadáver que o seu cheiro era mais forte que o dos baldes. À nossa chegada, os ocupantes da célula ao lado haviam exclamado: “Que horror! Donde pode vir um tal cheiro?” E contudo também eles faziam ali as suas necessidades! Depois de discutirmos as possibilidades de evasão, pusemo-nos a falar do que se passara no barranco no decorrer das duas horas em que ali trabalhámos.»

Para que a terra não esqueça xx

€8

LT008127

Léon Weliczker Wells
Editora Livraria Bertrand
Idioma Português PT
Estado : Usado 4/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Indisponível

Mais detalhes
  • Tradutor
  • Baptista-Bastos, Manuel de Azevedo
  • Código
  • LT008127
  • Detalhes físicos

  • Nº Páginas
  • 366
Descrição

Introdução e prefácio de Michel Riquet S. J. e Frédéric Pottecher.

«Ao longo das paredes estavam alinhadas enxergas. Dois baldes haviam sido colocados junto da porta e toda a gente se precipitou para eles, pois desde o almoço que nenhum de nós ousara pedir autorização para ir aos sanitários. Em alguns minutos os baldes transbordaram e o soalho ficou inundado. A sala era um charco. “Was ist hier? Sofort ruhe!” (Que se passa? Calem-se imediatamente!”, gritou o guarda disparando duas balas que se alojaram no tecto. “Deitem-se imediatamente!” Num silêncio de morte, estendemo-nos – uma enxerga para dois – e não nos mexemos mais. Do outro lado do tabique, crianças com fome e sede debulhavam-se em lágrimas e homens e mulheres gemiam. Haviam-nos espancado de tal modo que não podiam sentar-se, nem deitar-se, nem estar de pé. Há três dias que esperavam o momento em que os S.S. viessem buscar novas vítimas para as levar para o “areeiro”. Ao fim de alguns instantes comecei a falar com o meu vizinho, que, como todos os que trabalhavam no barranco, cheirava muito mal. As suas roupas fediam de tal maneira a cadáver que o seu cheiro era mais forte que o dos baldes. À nossa chegada, os ocupantes da célula ao lado haviam exclamado: “Que horror! Donde pode vir um tal cheiro?” E contudo também eles faziam ali as suas necessidades! Depois de discutirmos as possibilidades de evasão, pusemo-nos a falar do que se passara no barranco no decorrer das duas horas em que ali trabalhámos.»