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A chama imensa xx

LT005696

Ricardo Araújo Pereira

Editora Tinta da China
Idioma Português PT
Estado : Usado 5/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Indisponível

€9
Mais detalhes
  • Código
  • LT005696

Descrição

Depois de abandonar o jornal A Bola, RAP publica neste livro as suas melhores crónicas de futebol.

«Eu digo vos qual é o principal problema de ser do Benfica: é muito difícil ser grande. Dá muito trabalho ser um colosso. Um gigante está sempre tramado: se ganha, é um acaso normal a que ninguém liga; se perde, é uma catástrofe que todos assinalam. O leitor lembra se da história de David e Golias? Vá lá buscar a Bíblia, que eu espero. Veja aí, no Livro de Samuel, se eu não tenho razão para simpatizar mais com o gigante do que com o pastor. Golias era um gigante fabuloso, imbatível. Ganhou, de certeza, inúmeros combates antes do que aí vem descrito. Que se saiba, só perdeu um. Pois é exactamente esse que vai parar ao maior best seller de todos os tempos. Azar, não? Hoje percebemos que a luta era desigual e injusta para Golias. O maior adversário era o dele. Golias lutava contra o seu próprio medo (que, por ser o medo de um gigante, é igualmente gigante) e contra a História. David combatia apenas um simples gigante. Com o Benfica sucede o mesmo. Num jogo como o de ontem, contra a Naval, é o Benfica que parte em desvantagem. Está a lutar contra a memória, contra o futuro, contra a própria Derrota, com ‘D’ grande — e contra 11 sacanas vestidos de verde, que isto não pode ser só poesia. Quem é mais forte? Toda a História ou um pobre gigante indefeso? Eu, como tendo a ficar do lado dos mais fracos, nestes casos torço sempre pelo gigante. Para mim, ser do Benfica é um imperativo ético.»

A chama imensa xx

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LT005696

Ricardo Araújo Pereira
Editora Tinta da China
Idioma Português PT
Estado : Usado 5/5
Encadernação : Brochado
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Depois de abandonar o jornal A Bola, RAP publica neste livro as suas melhores crónicas de futebol.

«Eu digo vos qual é o principal problema de ser do Benfica: é muito difícil ser grande. Dá muito trabalho ser um colosso. Um gigante está sempre tramado: se ganha, é um acaso normal a que ninguém liga; se perde, é uma catástrofe que todos assinalam. O leitor lembra se da história de David e Golias? Vá lá buscar a Bíblia, que eu espero. Veja aí, no Livro de Samuel, se eu não tenho razão para simpatizar mais com o gigante do que com o pastor. Golias era um gigante fabuloso, imbatível. Ganhou, de certeza, inúmeros combates antes do que aí vem descrito. Que se saiba, só perdeu um. Pois é exactamente esse que vai parar ao maior best seller de todos os tempos. Azar, não? Hoje percebemos que a luta era desigual e injusta para Golias. O maior adversário era o dele. Golias lutava contra o seu próprio medo (que, por ser o medo de um gigante, é igualmente gigante) e contra a História. David combatia apenas um simples gigante. Com o Benfica sucede o mesmo. Num jogo como o de ontem, contra a Naval, é o Benfica que parte em desvantagem. Está a lutar contra a memória, contra o futuro, contra a própria Derrota, com ‘D’ grande — e contra 11 sacanas vestidos de verde, que isto não pode ser só poesia. Quem é mais forte? Toda a História ou um pobre gigante indefeso? Eu, como tendo a ficar do lado dos mais fracos, nestes casos torço sempre pelo gigante. Para mim, ser do Benfica é um imperativo ético.»