Pearl S. Buck oferece-nos em “A Mãe” uma autêntica obra-prima na história inesquecível da coragem de uma mulher pobre. Numa remota aldeia chinesa, a Mãe, que trabalha no campo de sol a sol, vê-se de repente abandonada pelo marido, homem bonito, fútil, descontente, que resolve ir tentar a sorte noutro lado. Compreendeu, numa vertigem que ele se tinha ido embora e ficara ela só com os três filhos e a velha! A principio irritou-se, depois no escuro da noite, no silêncio do quarto abafado, a ira deu lugar ao medo. Se ele não regressasse, que havia de ser dela, ainda tão nova e indefesa? A cama parecia-lhe enorme e vazia, subitamente sentiu um desejo ardente dele, do seu homem. Vendo que o marido não volta e incapaz de se resignar à sua infelicidade de mulher desprezada, a Mãe inventa uma mentira, forja cartas, defende audaciosamente perante a família e os amigos, a sua posição de esposa, tornando-se desde aí, o homem da casa.
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Pearl S. Buck oferece-nos em “A Mãe” uma autêntica obra-prima na história inesquecível da coragem de uma mulher pobre. Numa remota aldeia chinesa, a Mãe, que trabalha no campo de sol a sol, vê-se de repente abandonada pelo marido, homem bonito, fútil, descontente, que resolve ir tentar a sorte noutro lado. Compreendeu, numa vertigem que ele se tinha ido embora e ficara ela só com os três filhos e a velha! A principio irritou-se, depois no escuro da noite, no silêncio do quarto abafado, a ira deu lugar ao medo. Se ele não regressasse, que havia de ser dela, ainda tão nova e indefesa? A cama parecia-lhe enorme e vazia, subitamente sentiu um desejo ardente dele, do seu homem. Vendo que o marido não volta e incapaz de se resignar à sua infelicidade de mulher desprezada, a Mãe inventa uma mentira, forja cartas, defende audaciosamente perante a família e os amigos, a sua posição de esposa, tornando-se desde aí, o homem da casa.