«A rapariga saiu para o jardim; a neve estava intacta, e as suas pegadas deixaram um rasto fundo. O ar tinha uma cor azulada: a cor do frio. Ela atravessou o portão que alguém deixara aberto, espreitou pela janela de um barracão de madeira e viu um jipe com os pneus sujos de lama. Os ramos nus das árvores pareciam entrelaçar-se uns nos outros. A água corria nos riachos, entre as pedras cobertas de neve. Apercebeu-se de que estava num vale cercado de montanhas altíssimas.»
Ana Teresa Pereira nasceu a 30 de Maio de 1958 no Funchal, onde vive. Frequentou um curso de guia intérprete, actividade que abandonou aos vinte e cinco anos para estudar Filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa. Contudo, no final do segundo ano, abandonará também a Filosofia e regressará ao Funchal, onde se dedicará exclusivamente à prática da escrita tendo uma já longa e variada carreira literária.
«A rapariga saiu para o jardim; a neve estava intacta, e as suas pegadas deixaram um rasto fundo. O ar tinha uma cor azulada: a cor do frio. Ela atravessou o portão que alguém deixara aberto, espreitou pela janela de um barracão de madeira e viu um jipe com os pneus sujos de lama. Os ramos nus das árvores pareciam entrelaçar-se uns nos outros. A água corria nos riachos, entre as pedras cobertas de neve. Apercebeu-se de que estava num vale cercado de montanhas altíssimas.»
Ana Teresa Pereira nasceu a 30 de Maio de 1958 no Funchal, onde vive. Frequentou um curso de guia intérprete, actividade que abandonou aos vinte e cinco anos para estudar Filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa. Contudo, no final do segundo ano, abandonará também a Filosofia e regressará ao Funchal, onde se dedicará exclusivamente à prática da escrita tendo uma já longa e variada carreira literária.