«Crinolina: tecido feito de crina. Tecido forte com que se forra interiormente a fímbria do vestido. Saia entufada desse tecido ou assente sobre círculos paralelos de aço ou de barbas de baleia para dar maior roda ao vestido; merrimaque.» Grande Dicionário da Língua Portuguesa Rezam as más-línguas que a selva, o deserto e as guerras são coutadas exclusivamente masculinas. Dizem os supostos entendidos que as mulheres são incapazes de arregaçar as mangas e de "chafurdar" na lama, de escalar montanhas, de sobreviverem sozinhas no meio de nenhures. Dizem... As Aventureiras em Crinolina, obra da jornalista Christel Mouchard, vem contrariar toda essa longa tradição de lugares comuns. Prova que, muito antes do manancial hoje em dia colocado à disposição do explorador profissional - lojas de material desportivo, localização por GPS, telemóveis por satélite - existiram cowgirls, exploradoras do Nilo, pesquisadoras de ouro que deixam o recato dos seus lares pelo desafio, movidas pela curiosidade, pela aventura. As nossas heroínas, novas e velhas, belas e feias, brancas e mulatas, aristocratas e plebeias, mães de família e tias solteironas, viveram todas no século XIX. Inteligentes, com apurado espírito prático e capacidade de improvisação e adaptação, Isabella Bird, Mary Seacole, Alexine Tinne, Ida Pfeiffer e tantas outras percorreram as Américas e o Nilo, a Sibéria e o Bornéu, Madagáscar e a Crimeia, para sua glória pessoal e orgulho de todas as mulheres. Aconselha-se, assim, a leitura de As Aventureiras em Crinolina a todos os públicos, especialmente aos machos emperdernidos e às feministas mais recalcitrantes. Christel Mouchard é jornalista da revista francesa Historama.
«Crinolina: tecido feito de crina. Tecido forte com que se forra interiormente a fímbria do vestido. Saia entufada desse tecido ou assente sobre círculos paralelos de aço ou de barbas de baleia para dar maior roda ao vestido; merrimaque.» Grande Dicionário da Língua Portuguesa Rezam as más-línguas que a selva, o deserto e as guerras são coutadas exclusivamente masculinas. Dizem os supostos entendidos que as mulheres são incapazes de arregaçar as mangas e de "chafurdar" na lama, de escalar montanhas, de sobreviverem sozinhas no meio de nenhures. Dizem... As Aventureiras em Crinolina, obra da jornalista Christel Mouchard, vem contrariar toda essa longa tradição de lugares comuns. Prova que, muito antes do manancial hoje em dia colocado à disposição do explorador profissional - lojas de material desportivo, localização por GPS, telemóveis por satélite - existiram cowgirls, exploradoras do Nilo, pesquisadoras de ouro que deixam o recato dos seus lares pelo desafio, movidas pela curiosidade, pela aventura. As nossas heroínas, novas e velhas, belas e feias, brancas e mulatas, aristocratas e plebeias, mães de família e tias solteironas, viveram todas no século XIX. Inteligentes, com apurado espírito prático e capacidade de improvisação e adaptação, Isabella Bird, Mary Seacole, Alexine Tinne, Ida Pfeiffer e tantas outras percorreram as Américas e o Nilo, a Sibéria e o Bornéu, Madagáscar e a Crimeia, para sua glória pessoal e orgulho de todas as mulheres. Aconselha-se, assim, a leitura de As Aventureiras em Crinolina a todos os públicos, especialmente aos machos emperdernidos e às feministas mais recalcitrantes. Christel Mouchard é jornalista da revista francesa Historama.