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George Steiner - O genial cartógrafo do outro mundo

(...) agora que a morte que temos diante de nós é a do último gigante da crítica literária, é natural que se diga que poucos como ele provaram ter o ânimo e o estofo para cruzar aquela com o desejo de revirá-la, tratar de fazer a autópsia da própria morte. Por maior que seja o desafio, como tantos outros grandes leitores reconheceram, as principais virtudes de Steiner ligam-se à sua esplendorosa disciplina intelectual. Eis um leitor que simplesmente não se deixava abater. Fosse o que fosse que lhe pusessem pela frente, por mais alta a muralha ou os obstáculos que encontrasse num texto, ele arranjava maneira de encontrar uma fissura, aplicando-se metodicamente, sem a ajuda de explosivos, antes recorrendo a um cinzel (ou até a uma rude colher) para escavar e perfurar, abrindo um caminho.

Leia aqui o artigo completo de Diogo Vaz Pinto no IOnline