O livro divide-se em duas partes; a primeira contem a Introdução, de autoria de Jorge Arroteia, e a segunda trata da obra propriamente dita, escrita por Mário Moutinho. A Introdução aborda aspectos do território português referentes à geologia, ao relevo, ao clima e também à população, com sua distribuição no território e actividades produtivas que desenvolvem. Segundo Arroteia, Portugal apresenta três grandes unidades de formação rochosa, as quais originam relevo, solo, ocupação humana, modos de vida e arquitecturas distintas. Essas unidades são: o Maciço Antigo, que compreende quase sete décimos do território; a Orla Sedimentar ocidental e meridional; e as bacias do Tejo e do Sado. A partir dessa abordagem, Mário Moutinho definiu cinco regiões arquitectónicas principais, utilizando como critério o relevo, o clima e o revestimento vegetal. Entretanto, destaca que, se tivesse favorecido o factor habitação, essas regiões apresentariam uma mesma coerência. São elas: Região do Norte, dividida entre litoral e interior; do Centro Litoral; do Alentejo; e do Algarve. Essas regiões são abordadas separadamente e o autor destaca que a análise é destinada à documentação do tipo de povoamento, habitação, arruamento, cores dominantes, arquitectura religiosa e a de carácter produtivo. Assim, Moutinho aborda aspectos como materiais construtivos, cobertura, planta arquitectónica e, algumas vezes, os elementos que compõem a fachada e as janelas. Descreve os povoamentos e das edificações existentes nessas regiões, apresentando como eixo de abordagem as habitações, as quais compreendem ao todo dez tipos: a Casa Minhota e a Casa Serrana, na região do Norte; a Casa de Madeira, a Casa Alpendrada, a Casa Saloia e a Casa Ribatejana, na região do Centro Litoral; o Monte Alentejano e a Casa de Povoado, na região do Alentejo; a Casa de Pescadores e a Casa Rural, na região do Algarve. São dois os tipos de povoamento identificados no texto: o disperso, que é composto, geralmente, por um conjunto de construções que servem de base à exploração agrícola familiar, e o aglomerado, que é composto por um pequeno grupo de habitações conjugadas. Das edificações de carácter produtivo, são citadas as seguintes: os espigueiros, os sequeiros, as eiras, os abrigos de barcos e as alfaias, os moinhos, as azenhas, os abrigos de pastores, a cisterna, os forno, os currais, a adega, o depósito de lenha, o celeiro, a queijaria, a cavalariça, a cocheira e os frascais. A maioria dessas edificações não é descrita, como também a obra pouco trata da arquitectura religiosa, destacando-se, dentre os comentários, os referentes às capelas e igrejas existentes na região do Algarve, que, segundo o autor, podem apresentar influências árabes, como cúpulas, arcos e abóbadas. A primeira parte do livro é composta por mapas e a segunda por um mapa, que indica as localidades citadas, e por fotografias e imagens, que contemplam as seis abordagens descritas pelo autor, apresentando-se, inclusive, a planta baixa de cada uma das dez tipologias habitacionais.
Mário Caneva de Magalhães Moutinho é arquitecto diplomado pela Escola Superior das Belas Artes de Paris e doutorado em Antropologia Cultural pela Universidade de Paris VII. Publicou diversos artigos em revistas especializadas, actas de eventos e capítulos de livros, com 12 livros publicados. Actualmente é docente na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, ocupando, desde 2007, o cargo de Reitor. Actua na área de Ciências Sociais, tendo como enfoque os seguintes temas: Museologia, Urbanismo, Museu, Ecomuseu, MINOM, Estado Novo e Estudos Regionais Portugueses.
O livro divide-se em duas partes; a primeira contem a Introdução, de autoria de Jorge Arroteia, e a segunda trata da obra propriamente dita, escrita por Mário Moutinho. A Introdução aborda aspectos do território português referentes à geologia, ao relevo, ao clima e também à população, com sua distribuição no território e actividades produtivas que desenvolvem. Segundo Arroteia, Portugal apresenta três grandes unidades de formação rochosa, as quais originam relevo, solo, ocupação humana, modos de vida e arquitecturas distintas. Essas unidades são: o Maciço Antigo, que compreende quase sete décimos do território; a Orla Sedimentar ocidental e meridional; e as bacias do Tejo e do Sado. A partir dessa abordagem, Mário Moutinho definiu cinco regiões arquitectónicas principais, utilizando como critério o relevo, o clima e o revestimento vegetal. Entretanto, destaca que, se tivesse favorecido o factor habitação, essas regiões apresentariam uma mesma coerência. São elas: Região do Norte, dividida entre litoral e interior; do Centro Litoral; do Alentejo; e do Algarve. Essas regiões são abordadas separadamente e o autor destaca que a análise é destinada à documentação do tipo de povoamento, habitação, arruamento, cores dominantes, arquitectura religiosa e a de carácter produtivo. Assim, Moutinho aborda aspectos como materiais construtivos, cobertura, planta arquitectónica e, algumas vezes, os elementos que compõem a fachada e as janelas. Descreve os povoamentos e das edificações existentes nessas regiões, apresentando como eixo de abordagem as habitações, as quais compreendem ao todo dez tipos: a Casa Minhota e a Casa Serrana, na região do Norte; a Casa de Madeira, a Casa Alpendrada, a Casa Saloia e a Casa Ribatejana, na região do Centro Litoral; o Monte Alentejano e a Casa de Povoado, na região do Alentejo; a Casa de Pescadores e a Casa Rural, na região do Algarve. São dois os tipos de povoamento identificados no texto: o disperso, que é composto, geralmente, por um conjunto de construções que servem de base à exploração agrícola familiar, e o aglomerado, que é composto por um pequeno grupo de habitações conjugadas. Das edificações de carácter produtivo, são citadas as seguintes: os espigueiros, os sequeiros, as eiras, os abrigos de barcos e as alfaias, os moinhos, as azenhas, os abrigos de pastores, a cisterna, os forno, os currais, a adega, o depósito de lenha, o celeiro, a queijaria, a cavalariça, a cocheira e os frascais. A maioria dessas edificações não é descrita, como também a obra pouco trata da arquitectura religiosa, destacando-se, dentre os comentários, os referentes às capelas e igrejas existentes na região do Algarve, que, segundo o autor, podem apresentar influências árabes, como cúpulas, arcos e abóbadas. A primeira parte do livro é composta por mapas e a segunda por um mapa, que indica as localidades citadas, e por fotografias e imagens, que contemplam as seis abordagens descritas pelo autor, apresentando-se, inclusive, a planta baixa de cada uma das dez tipologias habitacionais.
Mário Caneva de Magalhães Moutinho é arquitecto diplomado pela Escola Superior das Belas Artes de Paris e doutorado em Antropologia Cultural pela Universidade de Paris VII. Publicou diversos artigos em revistas especializadas, actas de eventos e capítulos de livros, com 12 livros publicados. Actualmente é docente na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, ocupando, desde 2007, o cargo de Reitor. Actua na área de Ciências Sociais, tendo como enfoque os seguintes temas: Museologia, Urbanismo, Museu, Ecomuseu, MINOM, Estado Novo e Estudos Regionais Portugueses.