De Aetatibus Mundi Imagines / Livro das idades
Edição fac-similada, com estudo de Jorge Segurado.
Lisboa : Academia Nacional de Belas-Artes, 1983
O autor de De Aetatibus Mundi Imagines, Francisco de Holanda, é reconhecido sobretudo pelo escrito, Pintura Antiga, primeiro tratado português de arte, mas a maior singularidade e genialidade do artista revela-se em De Aetatibus Mundi Imagines - obra concebida e desenhada entre 1543 e 1573. Neste álbum de desenhos, com 156 imagens e 250 medalhões complementares, o pintor não só concretiza os princípios que enuncia teoricamente em Pintura Antiga, como transmite a mensagem bíblica, usando toda uma plêiade de imagens visuais criativas e dando-lhe um sentido doutrinal, fruto da sua própria reflexão, devoção e experiência contemplativa.
«Vem ao de cima o rigoroso exame e correcção exacta das composições arquitectónicas, confirmação certa de que tais debuxos saíram da mão de autêntico arquitecto, conscienciosamente sabedor, sério na narração... O mais extraordinário está nas composições da Criação e naquela outra da Ressurreição, cujo carácter deixa de ser realista para se expressar num muito superior surrealismo. Na realidade, Ollanda inventou e debuxou, com admiráveis cores, as criações Divinas do Sol, da Terra, da Lua, da Luz, das Trevas, das Águas, do homem e de todas as raças de criaturas e floras que constituem toda a natureza. Tudo como obra de Deus, tudo estabelecido na Unidade do Firmamento. O grande artista, numa rajada de génio, imaginou em magistral e universal geometria. Viu tudo, não com os pés na terra, mas sim, saindo dela e subindo a incomensurável altura, ao misterioso afastamento do espaço infinito. Ollanda, por tudo quanto busquei, fez obra de inédita invenção, pessoal.» Jorge Segurado
De Aetatibus Mundi Imagines / Livro das idades
Edição fac-similada, com estudo de Jorge Segurado.
Lisboa : Academia Nacional de Belas-Artes, 1983
O autor de De Aetatibus Mundi Imagines, Francisco de Holanda, é reconhecido sobretudo pelo escrito, Pintura Antiga, primeiro tratado português de arte, mas a maior singularidade e genialidade do artista revela-se em De Aetatibus Mundi Imagines - obra concebida e desenhada entre 1543 e 1573. Neste álbum de desenhos, com 156 imagens e 250 medalhões complementares, o pintor não só concretiza os princípios que enuncia teoricamente em Pintura Antiga, como transmite a mensagem bíblica, usando toda uma plêiade de imagens visuais criativas e dando-lhe um sentido doutrinal, fruto da sua própria reflexão, devoção e experiência contemplativa.
«Vem ao de cima o rigoroso exame e correcção exacta das composições arquitectónicas, confirmação certa de que tais debuxos saíram da mão de autêntico arquitecto, conscienciosamente sabedor, sério na narração... O mais extraordinário está nas composições da Criação e naquela outra da Ressurreição, cujo carácter deixa de ser realista para se expressar num muito superior surrealismo. Na realidade, Ollanda inventou e debuxou, com admiráveis cores, as criações Divinas do Sol, da Terra, da Lua, da Luz, das Trevas, das Águas, do homem e de todas as raças de criaturas e floras que constituem toda a natureza. Tudo como obra de Deus, tudo estabelecido na Unidade do Firmamento. O grande artista, numa rajada de génio, imaginou em magistral e universal geometria. Viu tudo, não com os pés na terra, mas sim, saindo dela e subindo a incomensurável altura, ao misterioso afastamento do espaço infinito. Ollanda, por tudo quanto busquei, fez obra de inédita invenção, pessoal.» Jorge Segurado