Tradução e prefácio de Jorge Leandro Rosa
Modos de Ver (1972) revolucionou a forma como olhamos para a arte. O ensaio mais influente e celebrado de John Berger, baseado na série homónima da BBC (um fenómeno de popularidade transversal a públicos), é uma reflexão, em texto e imagens, sobre o modo como as nossas ideias de beleza, verdade, género ou classe social moldam radicalmente a perspectiva que temos da realidade. E vai além disso, levantando o véu às mensagens subliminares que o poder, a propriedade, a dominação masculina ou a objectificação da mulher deixaram na nossa cultura, dos quadros a óleo à publicidade do século XX. Ao fazer notar que, quando observamos uma pintura ou fotografia, também nos observamos a observá-las, filtrando-as pelas nossas emoções e experiências, Modos de Ver faz de cada olhar uma crítica – um acto empático, político e poderoso. Em raciocínios clarividentes, Berger percorre a história da arte e democratiza a sua crítica – demolindo os muros entre alta e baixa cultura –, consciente do seu curioso poder de encontrar entre nós semelhanças onde parece só haver diferenças.
Tradução e prefácio de Jorge Leandro Rosa
Modos de Ver (1972) revolucionou a forma como olhamos para a arte. O ensaio mais influente e celebrado de John Berger, baseado na série homónima da BBC (um fenómeno de popularidade transversal a públicos), é uma reflexão, em texto e imagens, sobre o modo como as nossas ideias de beleza, verdade, género ou classe social moldam radicalmente a perspectiva que temos da realidade. E vai além disso, levantando o véu às mensagens subliminares que o poder, a propriedade, a dominação masculina ou a objectificação da mulher deixaram na nossa cultura, dos quadros a óleo à publicidade do século XX. Ao fazer notar que, quando observamos uma pintura ou fotografia, também nos observamos a observá-las, filtrando-as pelas nossas emoções e experiências, Modos de Ver faz de cada olhar uma crítica – um acto empático, político e poderoso. Em raciocínios clarividentes, Berger percorre a história da arte e democratiza a sua crítica – demolindo os muros entre alta e baixa cultura –, consciente do seu curioso poder de encontrar entre nós semelhanças onde parece só haver diferenças.