Publicado em 1973 pela editora portuense Paisagem, o livro de entrevistas e polémicas com escritores portugueses e estrangeiros Encontros Des Encontros marca diferença na abordagem académica da literatura.
A universidade não foi para Arnaldo Saraiva uma mera escola de formação académica ou profissional. Tendo já colaborado em jornais de província e sido jornalista do Jornal do Fundão, foi o gosto cultural e verbal que o levou para a Faculdade de Letras de Lisboa, onde cursou Filologia Românica, curso que não interrompeu nem quando se viu obrigado a cumprir o serviço militar em plena guerra colonial. Na capital do país, o jovem intelectual, que como outros despertou as inevitáveis atenções da PIDE, conviveu com algumas das figuras mais marcantes do meio literário da época. Nessa galeria ilustre, avultam os nomes de Herberto Helder, António Ramos Rosa, Ruy Belo, Virgílio Ferreira, e os de alguns dos seus professores, como David Mourão-Ferreira, Jacinto do Prado Coelho e Vitorino Nemésio, que orientou a sua tese de licenciatura sobre Carlos Drummond de Andrade. O trabalho sobre o poeta mineiro, aliás, era apenas o primeiro resultado de um interesse crescente pela literatura brasileira que em 1965 o levara ao Rio de Janeiro para aprofundar os seus conhecimentos. Além do Rio de Janeiro, outras cidades estrangeiras iriam marcar o seu percurso cultural e académico: passaria por Paris, onde estudou com Roland Barthes, Gérard Genette, Greimas, Todorov ou Francastel, mas também por Urbino, onde aprofundou os seus estudos de Semiótica e Linguística sob orientação de Umberto Eco, Cesare Segre, Jean-François Lyotard, Bernard Pottier e Mihai Pop, entre outros.
Publicado em 1973 pela editora portuense Paisagem, o livro de entrevistas e polémicas com escritores portugueses e estrangeiros Encontros Des Encontros marca diferença na abordagem académica da literatura.
A universidade não foi para Arnaldo Saraiva uma mera escola de formação académica ou profissional. Tendo já colaborado em jornais de província e sido jornalista do Jornal do Fundão, foi o gosto cultural e verbal que o levou para a Faculdade de Letras de Lisboa, onde cursou Filologia Românica, curso que não interrompeu nem quando se viu obrigado a cumprir o serviço militar em plena guerra colonial. Na capital do país, o jovem intelectual, que como outros despertou as inevitáveis atenções da PIDE, conviveu com algumas das figuras mais marcantes do meio literário da época. Nessa galeria ilustre, avultam os nomes de Herberto Helder, António Ramos Rosa, Ruy Belo, Virgílio Ferreira, e os de alguns dos seus professores, como David Mourão-Ferreira, Jacinto do Prado Coelho e Vitorino Nemésio, que orientou a sua tese de licenciatura sobre Carlos Drummond de Andrade. O trabalho sobre o poeta mineiro, aliás, era apenas o primeiro resultado de um interesse crescente pela literatura brasileira que em 1965 o levara ao Rio de Janeiro para aprofundar os seus conhecimentos. Além do Rio de Janeiro, outras cidades estrangeiras iriam marcar o seu percurso cultural e académico: passaria por Paris, onde estudou com Roland Barthes, Gérard Genette, Greimas, Todorov ou Francastel, mas também por Urbino, onde aprofundou os seus estudos de Semiótica e Linguística sob orientação de Umberto Eco, Cesare Segre, Jean-François Lyotard, Bernard Pottier e Mihai Pop, entre outros.