Em Abril de 1981, a Imprensa Nacional-Casa da Moeda dirigiu a sessenta e oito escritores portugueses (romancistas, poetas, ensaístas, historiadores, professores universitários, críticos literários e jornalistas) uma circular convidando-os a falarem da sua experiência de autores preocupados com a principal ferramenta do oficio: a língua em que se exprimem. Publicam-se agora as respostas recebidas, no total de dezassete. Não cabendo emitir juízos de fundo sobre o significado das ausências, e nomeadamente não se dispondo de elementos que permitam agrupá-las segundo várias razões possíveis ou plausíveis, da falta de tempo à inércia, da discordância ao descaso, regista-se todavia a impressão global de que, face a una estatística sumária, para a percentagem avultada de setenta e cinco por cento das personalidades convidadas (e todas elas ocupam lugares de relevo e responsabilidade na nossa vida cultural) a questão do futuro da língua portuguesa não se afigurará pertinente ou preocupante.
Em Abril de 1981, a Imprensa Nacional-Casa da Moeda dirigiu a sessenta e oito escritores portugueses (romancistas, poetas, ensaístas, historiadores, professores universitários, críticos literários e jornalistas) uma circular convidando-os a falarem da sua experiência de autores preocupados com a principal ferramenta do oficio: a língua em que se exprimem. Publicam-se agora as respostas recebidas, no total de dezassete. Não cabendo emitir juízos de fundo sobre o significado das ausências, e nomeadamente não se dispondo de elementos que permitam agrupá-las segundo várias razões possíveis ou plausíveis, da falta de tempo à inércia, da discordância ao descaso, regista-se todavia a impressão global de que, face a una estatística sumária, para a percentagem avultada de setenta e cinco por cento das personalidades convidadas (e todas elas ocupam lugares de relevo e responsabilidade na nossa vida cultural) a questão do futuro da língua portuguesa não se afigurará pertinente ou preocupante.