A terrível força vital que se desprende de cada uma das páginas escritas por Nietzsche, continua ainda hoje a influir nos caminhos do pensamento contemporâneo. Desde que em Assim Falava Zaratustra foi enunciada a teoria mística do «super-homem», grande parte do pensamento europeu não fez outra coisa que não fosse procurar afirmar na realidade a visão fantástica do filósofo alemão. Na verdade, se examinarmos o quadro evolutivo da poesia europeia (e mundial), é o super-homem que encontramos a latejar em cada verso, um super-homem nietzscheano na sua essência, mas que não consegue encontrar a musculatura e o sistema nervoso mais adaptados à sua função. É este terrível desencontro ocorrido na poesia que devemos alargar às outras formas de pensamento, para podermos desenhar o gráfico da influência exercida por Nietzsche. Friedrich Nietzsche, filho de pastores alemães protestantes, teve como guias espirituais Schopenhauer e Wagner, foi catedrático aos 24 anos e adoptou a nacionalidade suíça. Com uma vida atribulada, que terminará na loucura, cheia de encontros e desencontros (com Wagner, Lou Andreas-Salomé, etc.), Nietzsche será o mais feroz crítico da moral platónico-cristã, da metafísica tradicional que considera o ser como algo de fixo e imutável e das ciências positivas, mecanicistas e positivistas como eram no seu tempo. Depois de ter sido considerado um filósofo pré-nazi, a partir das suas noções sobre a Vontade do Poder e o Super-Homem, Nietzsche tornar-se-á um dos filósofos da juventude em revolta no final dos anos sessenta, que a ele foi buscar o niilismo, a afirmação da individualidade, a crítica à ciência e ao progressismo.
A terrível força vital que se desprende de cada uma das páginas escritas por Nietzsche, continua ainda hoje a influir nos caminhos do pensamento contemporâneo. Desde que em Assim Falava Zaratustra foi enunciada a teoria mística do «super-homem», grande parte do pensamento europeu não fez outra coisa que não fosse procurar afirmar na realidade a visão fantástica do filósofo alemão. Na verdade, se examinarmos o quadro evolutivo da poesia europeia (e mundial), é o super-homem que encontramos a latejar em cada verso, um super-homem nietzscheano na sua essência, mas que não consegue encontrar a musculatura e o sistema nervoso mais adaptados à sua função. É este terrível desencontro ocorrido na poesia que devemos alargar às outras formas de pensamento, para podermos desenhar o gráfico da influência exercida por Nietzsche. Friedrich Nietzsche, filho de pastores alemães protestantes, teve como guias espirituais Schopenhauer e Wagner, foi catedrático aos 24 anos e adoptou a nacionalidade suíça. Com uma vida atribulada, que terminará na loucura, cheia de encontros e desencontros (com Wagner, Lou Andreas-Salomé, etc.), Nietzsche será o mais feroz crítico da moral platónico-cristã, da metafísica tradicional que considera o ser como algo de fixo e imutável e das ciências positivas, mecanicistas e positivistas como eram no seu tempo. Depois de ter sido considerado um filósofo pré-nazi, a partir das suas noções sobre a Vontade do Poder e o Super-Homem, Nietzsche tornar-se-á um dos filósofos da juventude em revolta no final dos anos sessenta, que a ele foi buscar o niilismo, a afirmação da individualidade, a crítica à ciência e ao progressismo.