Numa réplica aos que fundam a moral humana na religião, e que julgam que morrendo Deus se estabelece o caos, Holbach vem denunciá-la como perversora, corruptora dos costumes e favorável à injustiça e fornecer outra série de valores contrários ao temor, à autoridade despótica que considera emprestada dos antigos regimes tirânicos: a honra, a glória, o bem-paracer, a sã vida social, a tolerância, a discussão. Não tropeça e evita o ingenuismo de Rousseau com o bom selvagem: se há ervas daninhas devem ser arrancadas. Mas a questão religiosa não será tão restrita quanto isso - é o ensimesmamento, a ignorância, a mixórdia natural que o circunda e lhe deu a luz, tanto com as relações com os seus semelhantes. Disso farão prova os enciclopedistas com o seu ecletismo científico. Para quê discutir o sexo dos anjos quando a mãe-natura e o humano ainda não são tamanha incógnita?
Numa réplica aos que fundam a moral humana na religião, e que julgam que morrendo Deus se estabelece o caos, Holbach vem denunciá-la como perversora, corruptora dos costumes e favorável à injustiça e fornecer outra série de valores contrários ao temor, à autoridade despótica que considera emprestada dos antigos regimes tirânicos: a honra, a glória, o bem-paracer, a sã vida social, a tolerância, a discussão. Não tropeça e evita o ingenuismo de Rousseau com o bom selvagem: se há ervas daninhas devem ser arrancadas. Mas a questão religiosa não será tão restrita quanto isso - é o ensimesmamento, a ignorância, a mixórdia natural que o circunda e lhe deu a luz, tanto com as relações com os seus semelhantes. Disso farão prova os enciclopedistas com o seu ecletismo científico. Para quê discutir o sexo dos anjos quando a mãe-natura e o humano ainda não são tamanha incógnita?