Prefácio de António José Brandão
A Ontologia de Heidegger é o princípio da filosofia contemporânea, o que tem levado muitos a crer ser ele o último filósofo. Embora a filosofia não dependa dos filósofos (estes é que dependem da filosofia), pode compreender-se que se diga ser Heidegger o último deles; porque a essência da estrutura de sua obra aponta para o fundo do fenômeno humano. É uma tentativa para abrir as portas secretas do Ser. A influência de Heidegger nas modernas gerações de pensadores é notável.
Martin Heidegger (1889-1976), filósofo alemão, nasceu em Messkirsh, uma pequena cidade católica a norte do lago de Constância, em Baden. Na Universidade de Friburgo, de 1909 a 1913, fez estudos de Teologia, Filosofia e Ciências. A sua dissertação de fim de curso foi sobre A doutrina do juízo no psicologismo e demonstra o seu interesse pelas Investigações lógicas de Husserl, de quem foi assistente e amigo e a quem dedicou a redação da sua obra mais célebre, Ser e Tempo, escrita na sua pequena casa de Todtnautberg, na Floresta Negra, e publicada em 1927. Depois de suceder a Husserl na cátedra de Friburgo, em 1933, quando os nazis tomam o poder, aceita o cargo de reitor da universidade, mas demite-se um ano depois. A sua adesão ao partido nacional-socialista é objeto de controvérsias. Suspenso das suas funções de professor em 1945 pelas autoridades das forças de ocupação, pronuncia conferências. Vendo a sua influência aumentar progressivamente, foi readmitido em 1951 e lecionou até 1957 como professor jubilado.
Prefácio de António José Brandão
A Ontologia de Heidegger é o princípio da filosofia contemporânea, o que tem levado muitos a crer ser ele o último filósofo. Embora a filosofia não dependa dos filósofos (estes é que dependem da filosofia), pode compreender-se que se diga ser Heidegger o último deles; porque a essência da estrutura de sua obra aponta para o fundo do fenômeno humano. É uma tentativa para abrir as portas secretas do Ser. A influência de Heidegger nas modernas gerações de pensadores é notável.
Martin Heidegger (1889-1976), filósofo alemão, nasceu em Messkirsh, uma pequena cidade católica a norte do lago de Constância, em Baden. Na Universidade de Friburgo, de 1909 a 1913, fez estudos de Teologia, Filosofia e Ciências. A sua dissertação de fim de curso foi sobre A doutrina do juízo no psicologismo e demonstra o seu interesse pelas Investigações lógicas de Husserl, de quem foi assistente e amigo e a quem dedicou a redação da sua obra mais célebre, Ser e Tempo, escrita na sua pequena casa de Todtnautberg, na Floresta Negra, e publicada em 1927. Depois de suceder a Husserl na cátedra de Friburgo, em 1933, quando os nazis tomam o poder, aceita o cargo de reitor da universidade, mas demite-se um ano depois. A sua adesão ao partido nacional-socialista é objeto de controvérsias. Suspenso das suas funções de professor em 1945 pelas autoridades das forças de ocupação, pronuncia conferências. Vendo a sua influência aumentar progressivamente, foi readmitido em 1951 e lecionou até 1957 como professor jubilado.