Nunca algo semelhante tinha acontecido na história de Portugal ou de qualquer outro país europeu. Em tempos de guerra, reis e rainhas eram destronados ou obrigados a refugiarem-se em territórios alheios, mas nenhum deles foi tão longe quanto o príncipe regente D. João, forçado a cruzar um oceano com toda a família real portuguesa para viver e reinar do outro lado do mundo, enquanto as tropas do imperador francês Napoleão Bonaparte marchavam sobre Lisboa. Milhares de pessoas o acompanharam na viagem. Foram cem dias entre o céu e o mar, em navios improvisados, abarrotados, infestados de pragas e piolhos, sem conforto algum. Ao chegar ao Brasil, D. João determinou, entre outras medidas, a abertura dos portos, fundou escolas, mandou construir estradas e fábricas, autorizou a publicação de livros e jornais, incentivou a ciência e as artes. Ao regressar a Portugal, em 1821, deixava para trás um país transformado e pronto para a Independência.
Nunca algo semelhante tinha acontecido na história de Portugal ou de qualquer outro país europeu. Em tempos de guerra, reis e rainhas eram destronados ou obrigados a refugiarem-se em territórios alheios, mas nenhum deles foi tão longe quanto o príncipe regente D. João, forçado a cruzar um oceano com toda a família real portuguesa para viver e reinar do outro lado do mundo, enquanto as tropas do imperador francês Napoleão Bonaparte marchavam sobre Lisboa. Milhares de pessoas o acompanharam na viagem. Foram cem dias entre o céu e o mar, em navios improvisados, abarrotados, infestados de pragas e piolhos, sem conforto algum. Ao chegar ao Brasil, D. João determinou, entre outras medidas, a abertura dos portos, fundou escolas, mandou construir estradas e fábricas, autorizou a publicação de livros e jornais, incentivou a ciência e as artes. Ao regressar a Portugal, em 1821, deixava para trás um país transformado e pronto para a Independência.