“Arte do Ocidente – A Idade Média românica e gótica” de Henri Focillon, traduzido por José Saramago para a Editorial Estampa.
Em 1980, José Saramago traduziu “Arte do Ocidente – A Idade Média Românica e Gótica” de Henri Focillon para a Editorial Estampa – Imprensa Universitária nº 11.
«O título desta obra aponta o seu propósito. A Europa Ocidental criou durante a Idade Média a sua cultura própria. Desligou-se pouco das influências mediterrânicas, orientais e bárbaras. Outros elementos intervieram, novas condições de vida e sobretudo um espírito novo. Assim nasceu uma civilização original que se exprimiu nos monumentos com tal vigor que a sua lembrança ficou associada durante séculos ao destino do Ocidente. Procurámos descrever não só os caracteres essenciais desses sistemas orgânicos a que chamamos estilos, mas a maneira como se fizeram e como vieram, seguindo certos movimentos - experiências, progressão interna, flutuações, trocas, expansão. Este trabalho não é pois nem uma "iniciação" nem um manual de arqueologia, mas um livro de história, isto é, um estudo das relações que, diversas consoante os tempos e consoante os lugares, se estabeleceram entre os factos, as ideias e as formas. Estas últimas não podem ser consideradas como um simples cenário. Tomam parte na actividade histórica, são-lhe perfil que poderosamente contribuíram para desenhar. A arte da Idade Média não é nem uma concreção natural nem a expressão passiva duma sociedade: em ampla medida, fez ela própria a Idade Média.» Henri Focillon
“Arte do Ocidente – A Idade Média românica e gótica” de Henri Focillon, traduzido por José Saramago para a Editorial Estampa.
Em 1980, José Saramago traduziu “Arte do Ocidente – A Idade Média Românica e Gótica” de Henri Focillon para a Editorial Estampa – Imprensa Universitária nº 11.
«O título desta obra aponta o seu propósito. A Europa Ocidental criou durante a Idade Média a sua cultura própria. Desligou-se pouco das influências mediterrânicas, orientais e bárbaras. Outros elementos intervieram, novas condições de vida e sobretudo um espírito novo. Assim nasceu uma civilização original que se exprimiu nos monumentos com tal vigor que a sua lembrança ficou associada durante séculos ao destino do Ocidente. Procurámos descrever não só os caracteres essenciais desses sistemas orgânicos a que chamamos estilos, mas a maneira como se fizeram e como vieram, seguindo certos movimentos - experiências, progressão interna, flutuações, trocas, expansão. Este trabalho não é pois nem uma "iniciação" nem um manual de arqueologia, mas um livro de história, isto é, um estudo das relações que, diversas consoante os tempos e consoante os lugares, se estabeleceram entre os factos, as ideias e as formas. Estas últimas não podem ser consideradas como um simples cenário. Tomam parte na actividade histórica, são-lhe perfil que poderosamente contribuíram para desenhar. A arte da Idade Média não é nem uma concreção natural nem a expressão passiva duma sociedade: em ampla medida, fez ela própria a Idade Média.» Henri Focillon