Como evoluíram os valores humanos Nos dias de hoje a grande parte dos cidadãos ocidentais considera a democracia e a igualdade de género coisas boas e a violência e a desigualdade más. Mas a maioria das pessoas que viveram nos 10 000 anos anteriores ao século XIX pensava justamente o contrário. Recorrendo à arqueologia, à antropologia, à biologia e à história, Ian Morris explica-nos porquê. O resultado é um novo olhar sobre a evolução dos valores humanos, com profundas implicações na forma como entendemos o passado e antevemos o futuro. Morris defende que, a longo prazo, as mudanças de valores fundamentais são movidas pela força mais básica de todas: a energia.
Os seres humanos tiveram três principais fontes para obterem a energia de que necessitaram: forrageamento, agricultura e combustíveis fósseis. Cada fonte de energia estabelece os limites estritos dentro dos quais as sociedades podem ter sucesso, e cada tipo de sociedade recompensa valores específicos. Nos pequenos grupos forrageiros, as pessoas que valorizam a igualdade mas que estão prontas para resolver os problemas violentamente têm melhor desempenho do que as que não estão; nas grandes sociedades agrícolas, as pessoas que valorizam a hierarquia e que estão menos dispostas a usar a violência têm melhores desempenhos; e nas grandes sociedades de combustíveis fósseis, o pêndulo oscilou em direção à igualdade, mas afastou-se ainda mais da violência. Mas se o nosso mundo de combustíveis fósseis favorece sociedades abertas e democráticas, a revolução em curso na captação de energia pode significar que os nossos valores mais queridos podem, muito em breve, deixar de o ser.
Como evoluíram os valores humanos Nos dias de hoje a grande parte dos cidadãos ocidentais considera a democracia e a igualdade de género coisas boas e a violência e a desigualdade más. Mas a maioria das pessoas que viveram nos 10 000 anos anteriores ao século XIX pensava justamente o contrário. Recorrendo à arqueologia, à antropologia, à biologia e à história, Ian Morris explica-nos porquê. O resultado é um novo olhar sobre a evolução dos valores humanos, com profundas implicações na forma como entendemos o passado e antevemos o futuro. Morris defende que, a longo prazo, as mudanças de valores fundamentais são movidas pela força mais básica de todas: a energia.
Os seres humanos tiveram três principais fontes para obterem a energia de que necessitaram: forrageamento, agricultura e combustíveis fósseis. Cada fonte de energia estabelece os limites estritos dentro dos quais as sociedades podem ter sucesso, e cada tipo de sociedade recompensa valores específicos. Nos pequenos grupos forrageiros, as pessoas que valorizam a igualdade mas que estão prontas para resolver os problemas violentamente têm melhor desempenho do que as que não estão; nas grandes sociedades agrícolas, as pessoas que valorizam a hierarquia e que estão menos dispostas a usar a violência têm melhores desempenhos; e nas grandes sociedades de combustíveis fósseis, o pêndulo oscilou em direção à igualdade, mas afastou-se ainda mais da violência. Mas se o nosso mundo de combustíveis fósseis favorece sociedades abertas e democráticas, a revolução em curso na captação de energia pode significar que os nossos valores mais queridos podem, muito em breve, deixar de o ser.