Portugal no tráfico de armas e de divisas nos anos do nazismo (1933-1945).
Dois traficantes de material de guerra, um alemão e um austríaco, associaram-se no final dos anos 20, criando estreitas relações com o fascismo italiano e ajudando o fascismo austríaco a vencer uma curta guerra civil contra os socialistas. Em 1936, com o início da Guerra Civil de Espanha, o alemão veio para a Península Ibérica, fixando-se em Portugal, onde ganhou a amizade e a confiança de Salazar e se tornou a eminência parda da guerra económica alemã. Ao mesmo tempo, o austríaco enviava agentes a Lisboa com o intuito de vender ao Ministério da Guerra uma fábrica de munições. Na Alemanha, o chefe da espionagem militar fazia financiar as operações secretas desse serviço através de um cônsul português muito activo no tráfico de divisas, enquanto realizava na Holanda e em Portugal uma complexa operação para angariar escudos. Detectado pela Gestapo, o tráfico de divisas do cônsul iria deitar a perder a conspiração anti-hitleriana em que estavam envolvidos ele próprio e uma boa parte dos responsáveis da espionagem militar. Recorrendo a fontes documentais, ouvindo testemunhas e baseado numa rigorosa investigação, Conspiradores e Traficantes revela-nos uma faceta negligenciada e incómoda da História contemporânea de Portugal, ao mesmo tempo que nos guia pelos meandros da alta política e da espionagem internacional no período entre as duas grandes guerras.
Portugal no tráfico de armas e de divisas nos anos do nazismo (1933-1945).
Dois traficantes de material de guerra, um alemão e um austríaco, associaram-se no final dos anos 20, criando estreitas relações com o fascismo italiano e ajudando o fascismo austríaco a vencer uma curta guerra civil contra os socialistas. Em 1936, com o início da Guerra Civil de Espanha, o alemão veio para a Península Ibérica, fixando-se em Portugal, onde ganhou a amizade e a confiança de Salazar e se tornou a eminência parda da guerra económica alemã. Ao mesmo tempo, o austríaco enviava agentes a Lisboa com o intuito de vender ao Ministério da Guerra uma fábrica de munições. Na Alemanha, o chefe da espionagem militar fazia financiar as operações secretas desse serviço através de um cônsul português muito activo no tráfico de divisas, enquanto realizava na Holanda e em Portugal uma complexa operação para angariar escudos. Detectado pela Gestapo, o tráfico de divisas do cônsul iria deitar a perder a conspiração anti-hitleriana em que estavam envolvidos ele próprio e uma boa parte dos responsáveis da espionagem militar. Recorrendo a fontes documentais, ouvindo testemunhas e baseado numa rigorosa investigação, Conspiradores e Traficantes revela-nos uma faceta negligenciada e incómoda da História contemporânea de Portugal, ao mesmo tempo que nos guia pelos meandros da alta política e da espionagem internacional no período entre as duas grandes guerras.