D. Henrique: um monarca incompetente e incapaz, «que deixou em testamento Portugal aos castelhanos», ou um homem rigoroso, que procurou pela via jurídica e pela negociação dinástica a solução para um problema sucessório de extrema complexidade? Oitavo filho da vasta prole de D. Manuel, nasceu a 31 de Janeiro de 1512 e morreu no mesmo dia e mês do ano de 1580 como 17.º rei de Portugal e último representante da dinastia de Avis. Votado à carreira sacerdotal, não só alcança posições cimeiras na hierarquia da Igreja, como ascende à realeza. Morto D. João III, assume, após D. Catarina, a regência do reino na menoridade de D. Sebastião, a quem sucede como monarca, suportando os destinos políticos de uma sociedade em crise. Rei por incongruência do destino, D. Henrique sobraçou as sequelas imediatas do desastre de Alcácer Quibir e foi alvo de juízos severos, que em muito têm minimizado a sua actuação histórica.
D. Henrique: um monarca incompetente e incapaz, «que deixou em testamento Portugal aos castelhanos», ou um homem rigoroso, que procurou pela via jurídica e pela negociação dinástica a solução para um problema sucessório de extrema complexidade? Oitavo filho da vasta prole de D. Manuel, nasceu a 31 de Janeiro de 1512 e morreu no mesmo dia e mês do ano de 1580 como 17.º rei de Portugal e último representante da dinastia de Avis. Votado à carreira sacerdotal, não só alcança posições cimeiras na hierarquia da Igreja, como ascende à realeza. Morto D. João III, assume, após D. Catarina, a regência do reino na menoridade de D. Sebastião, a quem sucede como monarca, suportando os destinos políticos de uma sociedade em crise. Rei por incongruência do destino, D. Henrique sobraçou as sequelas imediatas do desastre de Alcácer Quibir e foi alvo de juízos severos, que em muito têm minimizado a sua actuação histórica.