Lindo, fúnebre e solitário, D. Pedro V foi um cometa que iluminou a quarta dinastia. Filho de D. Maria II de Bragança e de D. Fernando de Saxe Coburgo, nasceu em Lisboa, no Palácio das Necessidades, a 16 de Setembro de 1837. Foi uma criança prodígio, mais afeiçoada aos estudos do que aos brinquedos. Após a morte de sua mãe, e por ter de esperar dois anos até atingir a maioridade, viajou pela Europa. Seria coroado a 16 de Setembro de 1855. Três anos depois, casava-se com um membro da casa real da Prússia, D. Estefânia de Hohenzollern Sigmaringen, com quem manteve uma relação platónica. Morreu aos 24 anos, a 11 de Novembro de 1861. Existiam, na sua natureza, contrastes surpreendentes. Era severo e gentil; modesto e sarcástico; tinha carências afectivas e era de uma frieza que podia ferir. Para o bem e para o mal, não teve tempo de mostrar aquilo de que era capaz. Morreu, como afirmou desejar, na flor da idade. Passou à história sob o cognome de o Esperançoso.
Lindo, fúnebre e solitário, D. Pedro V foi um cometa que iluminou a quarta dinastia. Filho de D. Maria II de Bragança e de D. Fernando de Saxe Coburgo, nasceu em Lisboa, no Palácio das Necessidades, a 16 de Setembro de 1837. Foi uma criança prodígio, mais afeiçoada aos estudos do que aos brinquedos. Após a morte de sua mãe, e por ter de esperar dois anos até atingir a maioridade, viajou pela Europa. Seria coroado a 16 de Setembro de 1855. Três anos depois, casava-se com um membro da casa real da Prússia, D. Estefânia de Hohenzollern Sigmaringen, com quem manteve uma relação platónica. Morreu aos 24 anos, a 11 de Novembro de 1861. Existiam, na sua natureza, contrastes surpreendentes. Era severo e gentil; modesto e sarcástico; tinha carências afectivas e era de uma frieza que podia ferir. Para o bem e para o mal, não teve tempo de mostrar aquilo de que era capaz. Morreu, como afirmou desejar, na flor da idade. Passou à história sob o cognome de o Esperançoso.