«(...) Neste volume, publica-se documentação vária, encontrada em arquivos da Presidência do Conselho, e que é uma gota de água no processo da perseguição no campo do emprego no regime fascista. Tal documentação, ainda e como sempre a título exemplificativo, comprova a autêntica discriminação a que eram sujeitos os que não estavam de acordo com o «Estado Novo». E mostra como essa discriminação era sistemática e se não limitava só aos funcionários da Administração central ou local, pois se estendia até aqueles que trabalhavam em empresas privadas.» (...) No seu propósito de liquidar os adversários - ou até aqueles que, mesmo sem exercerem actividade política, a polícia política suspeitava discordarem do regime - os Governos de Salazar aproveitavam ou inventavam todos os pretextos para os reduzir ao desemprego e à miséria. Para isso, reformavam-nos compulsivamente ou demitiam-nos servindo-se de legislação que para o efeito fizeram publicar ou mesmo sem se fundamentarem em qualquer diploma legal.»Foram milhares, como é do domínio público, os cidadãos que, apenas por de qualquer forma se oporem à ditadura ou serem disso suspeitos foram demitidos ou aposentados compulsivamente ou também impedidos de concorrer a uma vaga para um primeiro emprego e até para uma promoção - e isto quer, sobretudo, na administração pública e local, quer mesmo no sector privado, aqui por meio das mais diversas formas de pressão.» (da Introdução)
«(...) Neste volume, publica-se documentação vária, encontrada em arquivos da Presidência do Conselho, e que é uma gota de água no processo da perseguição no campo do emprego no regime fascista. Tal documentação, ainda e como sempre a título exemplificativo, comprova a autêntica discriminação a que eram sujeitos os que não estavam de acordo com o «Estado Novo». E mostra como essa discriminação era sistemática e se não limitava só aos funcionários da Administração central ou local, pois se estendia até aqueles que trabalhavam em empresas privadas.» (...) No seu propósito de liquidar os adversários - ou até aqueles que, mesmo sem exercerem actividade política, a polícia política suspeitava discordarem do regime - os Governos de Salazar aproveitavam ou inventavam todos os pretextos para os reduzir ao desemprego e à miséria. Para isso, reformavam-nos compulsivamente ou demitiam-nos servindo-se de legislação que para o efeito fizeram publicar ou mesmo sem se fundamentarem em qualquer diploma legal.»Foram milhares, como é do domínio público, os cidadãos que, apenas por de qualquer forma se oporem à ditadura ou serem disso suspeitos foram demitidos ou aposentados compulsivamente ou também impedidos de concorrer a uma vaga para um primeiro emprego e até para uma promoção - e isto quer, sobretudo, na administração pública e local, quer mesmo no sector privado, aqui por meio das mais diversas formas de pressão.» (da Introdução)