Introdução de Eduardo Bueno
História Verdadeira e Descrição de uma Terra de Selvagens, Nus e Cruéis Comedores de Seres Humanos, Situada no Novo Mundo da América, Desconhecida antes e depois de Jesus Cristo nas Terras de Hessen até os Dois Últimos Anos, Visto que Hans Staden, de Homberg, em Hessen, a Conheceu por Experiência Própria e agora a Traz a Público com essa Impressão, também conhecida pelo título Duas Viagens ao Brasil, é uma obra de autoria de Hans Staden, publicada originalmente em 1557 em Marburgo (actual Alemanha) por Andres Colben. Foi o primeiro livro impresso que falou sobre o Brasil, e um dos mais importantes documentos sobre o Brasil Colônia.
Duas vezes em meados do século XVI, o mercenário e arcabuzeiro alemão Hans Staden (c. 1524-c. 1576) aportou nas costas do recém-descoberto Brasil. A primeira, em 1549, passando por Pernambuco e pela Paraíba, e a segunda, em 1550, quando chegou na ilha de Santa Catarina, dirigindo-se posteriormente à capitania de São Vicente, no litoral sul do atual estado de São Paulo. Na segunda viagem, como viera a bordo de um navio espanhol, foi preso pelo governador-geral, o português Tomé de Sousa, e em seguida capturado pelos índios tamoios, inimigos dos tupiniquins e dos portugueses e aliados dos franceses. O jovem Staden viveu para contar o que viu: paisagens virgens, riquezas inexploradas e a prática ritual do canibalismo, do qual por muito pouco não foi vítima. O livro com o seu relato foi publicado em 1557, em Marburgo, Alemanha, ilustrado por xilogravuras anônimas (reproduzidas nesta edição) baseadas nas suas descrições, e imediatamente tornou-se um best-seller em toda Europa. Trata-se da mais acurada e impressionante descrição do banquete antropofágico – o festim canibal praticado pelos povos Tupi. É, também (junto à Carta de Pero Vaz de Caminha) umas das primeiríssimas reportagens realizadas sobre os povos que viviam no que viria a ser o Brasil, um eletrizante relato feito por, como diz Eduardo Bueno no prefácio, "um estrangeiro em um mundo estranho". Com um estilo coloquial e direto, eis um livro soberbo e necessário, fundamental para a cultura brasileira.
Introdução de Eduardo Bueno
História Verdadeira e Descrição de uma Terra de Selvagens, Nus e Cruéis Comedores de Seres Humanos, Situada no Novo Mundo da América, Desconhecida antes e depois de Jesus Cristo nas Terras de Hessen até os Dois Últimos Anos, Visto que Hans Staden, de Homberg, em Hessen, a Conheceu por Experiência Própria e agora a Traz a Público com essa Impressão, também conhecida pelo título Duas Viagens ao Brasil, é uma obra de autoria de Hans Staden, publicada originalmente em 1557 em Marburgo (actual Alemanha) por Andres Colben. Foi o primeiro livro impresso que falou sobre o Brasil, e um dos mais importantes documentos sobre o Brasil Colônia.
Duas vezes em meados do século XVI, o mercenário e arcabuzeiro alemão Hans Staden (c. 1524-c. 1576) aportou nas costas do recém-descoberto Brasil. A primeira, em 1549, passando por Pernambuco e pela Paraíba, e a segunda, em 1550, quando chegou na ilha de Santa Catarina, dirigindo-se posteriormente à capitania de São Vicente, no litoral sul do atual estado de São Paulo. Na segunda viagem, como viera a bordo de um navio espanhol, foi preso pelo governador-geral, o português Tomé de Sousa, e em seguida capturado pelos índios tamoios, inimigos dos tupiniquins e dos portugueses e aliados dos franceses. O jovem Staden viveu para contar o que viu: paisagens virgens, riquezas inexploradas e a prática ritual do canibalismo, do qual por muito pouco não foi vítima. O livro com o seu relato foi publicado em 1557, em Marburgo, Alemanha, ilustrado por xilogravuras anônimas (reproduzidas nesta edição) baseadas nas suas descrições, e imediatamente tornou-se um best-seller em toda Europa. Trata-se da mais acurada e impressionante descrição do banquete antropofágico – o festim canibal praticado pelos povos Tupi. É, também (junto à Carta de Pero Vaz de Caminha) umas das primeiríssimas reportagens realizadas sobre os povos que viviam no que viria a ser o Brasil, um eletrizante relato feito por, como diz Eduardo Bueno no prefácio, "um estrangeiro em um mundo estranho". Com um estilo coloquial e direto, eis um livro soberbo e necessário, fundamental para a cultura brasileira.