O Regicídio. Os Adiantamentos. A Diplomacia de D. Carlos.
«Decorrido meio século sobre esse episódio sangrento da nossa História contemporânea, a versão que os monárquicos portugueses dão do regicídio é inteiramente, falsa. A acreditar essa versão, dir-se-ia que o rei D. Carlos foi vítima de um atentado premeditado em associações secretas – que não indicam empregando esta designação, corrente nos últimos tempos da monarquia, sem a concretizarem – nas quais os republicanos tinham preponderância ou eram exclusivamente constituídas por partidários seus, e executado por gente às suas ordens segundo um plano por eles urdido de longe. Os regicidas não passaram, segundo a mesma versão, de instrumentos passivos de um conluio, tecido em Portugal e no estrangeiro, graças a numerosas cumplicidades decididas a fazer desaparecer o soberano, quando ele estava empenhado numa obra de regeneração dos costumes políticos e resolvido a restaurar a grandeza da Nação tendo no governo um grupo de homens dedicados ao bem público e isentos da mácula da paixão partidária.»
Carlos Ferrão, jornalista e historiador. Professor na Casa Pia. Destaca-se como cronista da guerra, tendo dirigido a edição de História da Guerra, em 1944.Traduz as memórias de Churchill. Defensor da I República. Diretor de Vida Mundial, revista que nas décadas de sessenta e setenta deste século constitui um marci na imprensa portuguesa, como semanário político e de análise das relações internacionais, onde também se publicam fundamentais arquivos do processo político da I República. Bibliófilo, reúne uma biblioteca de 42 000 volumes que, em 1976, vende ao Ministério da Comunicação Social.
O Regicídio. Os Adiantamentos. A Diplomacia de D. Carlos.
«Decorrido meio século sobre esse episódio sangrento da nossa História contemporânea, a versão que os monárquicos portugueses dão do regicídio é inteiramente, falsa. A acreditar essa versão, dir-se-ia que o rei D. Carlos foi vítima de um atentado premeditado em associações secretas – que não indicam empregando esta designação, corrente nos últimos tempos da monarquia, sem a concretizarem – nas quais os republicanos tinham preponderância ou eram exclusivamente constituídas por partidários seus, e executado por gente às suas ordens segundo um plano por eles urdido de longe. Os regicidas não passaram, segundo a mesma versão, de instrumentos passivos de um conluio, tecido em Portugal e no estrangeiro, graças a numerosas cumplicidades decididas a fazer desaparecer o soberano, quando ele estava empenhado numa obra de regeneração dos costumes políticos e resolvido a restaurar a grandeza da Nação tendo no governo um grupo de homens dedicados ao bem público e isentos da mácula da paixão partidária.»
Carlos Ferrão, jornalista e historiador. Professor na Casa Pia. Destaca-se como cronista da guerra, tendo dirigido a edição de História da Guerra, em 1944.Traduz as memórias de Churchill. Defensor da I República. Diretor de Vida Mundial, revista que nas décadas de sessenta e setenta deste século constitui um marci na imprensa portuguesa, como semanário político e de análise das relações internacionais, onde também se publicam fundamentais arquivos do processo político da I República. Bibliófilo, reúne uma biblioteca de 42 000 volumes que, em 1976, vende ao Ministério da Comunicação Social.