A ação política e diplomática de D. João de Almeida de Melo e Castro, 5º Conde de Almeida (1792-1814). Decorridos três séculos sobre os Descobrimentos, Portugal perdera uma grande parte da sua importância internacional, mas continuava a ser uma enorme e dinâmica monarquia pluricontinental. E até 1807 conseguiu manter a sua política de neutralidade no concerto europeu e assim assegurar uma significativa prosperidade comercial. Nos anos imediatamente anteriores, porém, a Coroa Portuguesa viu-se envolvida na guerra que iria devastar a Europa depois da Revolução Francesa. Apesar de tentar manter a neutralidade, em breve o governo luso entendeu que não seria fácil manter o reino incólume na contenda entre a França, grande potência terrestre, e a Grã-Bretanha, cujas esquadras dominavam os mares. Se alinhasse pela França, poderia perder o Brasil, outras colónias e o comércio mercantil; se tomasse posição a favor da Grã-Bretanha, correria o risco de perder o território português na Europa. Foi neste contexto que se revelou determinante a atuação dos diplomatas portugueses, no sentido de gerir com a máxima habilidade possível a difícil posição de Portugal na Europa, especialmente junto dos governos com que mantinha relações mais próximas. É a atuação de um desses diplomatas lusos, D. João de Almeida de Melo e Castro, 5.º conde das Galveias, e a sua relevância para a defesa de Portugal e do seu império que este livro pretende analisar.
A ação política e diplomática de D. João de Almeida de Melo e Castro, 5º Conde de Almeida (1792-1814). Decorridos três séculos sobre os Descobrimentos, Portugal perdera uma grande parte da sua importância internacional, mas continuava a ser uma enorme e dinâmica monarquia pluricontinental. E até 1807 conseguiu manter a sua política de neutralidade no concerto europeu e assim assegurar uma significativa prosperidade comercial. Nos anos imediatamente anteriores, porém, a Coroa Portuguesa viu-se envolvida na guerra que iria devastar a Europa depois da Revolução Francesa. Apesar de tentar manter a neutralidade, em breve o governo luso entendeu que não seria fácil manter o reino incólume na contenda entre a França, grande potência terrestre, e a Grã-Bretanha, cujas esquadras dominavam os mares. Se alinhasse pela França, poderia perder o Brasil, outras colónias e o comércio mercantil; se tomasse posição a favor da Grã-Bretanha, correria o risco de perder o território português na Europa. Foi neste contexto que se revelou determinante a atuação dos diplomatas portugueses, no sentido de gerir com a máxima habilidade possível a difícil posição de Portugal na Europa, especialmente junto dos governos com que mantinha relações mais próximas. É a atuação de um desses diplomatas lusos, D. João de Almeida de Melo e Castro, 5.º conde das Galveias, e a sua relevância para a defesa de Portugal e do seu império que este livro pretende analisar.