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História de Portugal – Oliveira Martins (15ª ed.)

LT018781
1968
Oliveira Martins

Editora Guimarães
Idioma Português PT
Estado : Usado 4/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Em stock

€10
Mais detalhes
  • Ano
  • 1968
  • Edição
  • 15
  • Código
  • LT018781
  • Detalhes físicos
  • Dimensões
  • 14,00 x 20,00 x
  • Nº Páginas
  • 605

Descrição

«Historiador, economista, antropólogo, crítico social e político, a sua ação e os seus trabalhos suscitaram controvérsia e tiveram considerável influência, não apenas em historiadores, críticos e literatos do seu tempo e do século XX, mas na própria vida política portuguesa contemporânea. Desde 1867, Oliveira Martins experimentou diversos géneros de divulgação cultural: romance e drama históricos, ensaios de reflexão histórica e política e doutrinária. Mas essas tentativas, de valor desigual, não alcançaram grande sucesso. Em 1879, dá-se uma inflexão no seu percurso intelectual, com o início da publicação da Biblioteca das Ciências Sociais, de sua exclusiva autoria. Embora alheia a intenções doutrinárias e ao espírito de sistema dominante na época (positivismo, determinismos vários), não deixaria de, pontualmente, exprimir estas tendências. Pelo largo fôlego e diversidade de matérias que pretendia abarcar - história peninsular, história nacional e ultramarina, história de Roma, antropologia, mitos religiosos, demografia, temas de economia e finanças, etc. - a coleção constituiu um projeto sem precedentes no meio cultural português da Regeneração, com o objetivo de generalizar todo um conjunto de saberes entre um público alargado. O empreendimento editorial ficaria marcado pelo autodidatismo de Oliveira Martins, uma curiosidade científica sem limites e um bem evidente pendor interdisciplinar e globalizante. Esse autodidatismo é afinal indissociável do próprio percurso biográfico e profissional do historiador. Na verdade, devido à morte do seu pai, Martins não chegara a concluir o curso liceal e cedo se dedicou à atividade profissional como empregado em duas casas comerciais (1858-70). Exerceu depois funções de administrador de uma mina, na Andaluzia (Santa Eufémia, 1870-74). De novo em Portugal, dirigiu a construção da linha ferroviária do Porto à Póvoa e Famalicão e foi administrador da respetiva Companhia ferroviária. Entretanto era eleito presidente da Sociedade de Geografia Comercial do Porto (1880) e depois nomeado diretor do Museu Industrial e Comercial do Porto (1884). Exerceu ainda as funções de administrador da Régie dos Tabacos (desde 1888), da Companhia de Moçambique (1888-90) e fez parte da comissão executiva da Exposição Industrial Portuguesa (1888). Em 1885, Oliveira Martins aprofundava a sua prática de redator da imprensa periódica com a fundação d'A Província (1885) e depois, já em Lisboa, d'O Repórter (1888). Para além destas experiências profissionais tão diversas e na sequência de várias candidaturas a deputado (1878-83), convicto da necessidade de reformar profundamente a vida política nacional, aderia ao Partido Progressista (1885), partido em que dinamizaria a chamada Vida Nova. Era eleito deputado (sucessivamente, de 1886 a 1894) e, em 1899, nomeado Ministro da Fazenda no ministério de José Dias Ferreira. Desempenharia este cargo apenas por quatro meses, devido a divergências com o chefe do governo.» Sérgio Campos Matos, in http://cvc.instituto-camoes.pt/seculo-xix/oliveira-martins.html#.YRzbSxRKi00


LT018781
1968
Oliveira Martins
Editora Guimarães
Idioma Português PT
Estado : Usado 4/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Em stock

Mais detalhes
  • Ano
  • 1968
  • Edição
  • 15
  • Código
  • LT018781
  • Detalhes físicos

  • Dimensões
  • 14,00 x 20,00 x
  • Nº Páginas
  • 605
Descrição

«Historiador, economista, antropólogo, crítico social e político, a sua ação e os seus trabalhos suscitaram controvérsia e tiveram considerável influência, não apenas em historiadores, críticos e literatos do seu tempo e do século XX, mas na própria vida política portuguesa contemporânea. Desde 1867, Oliveira Martins experimentou diversos géneros de divulgação cultural: romance e drama históricos, ensaios de reflexão histórica e política e doutrinária. Mas essas tentativas, de valor desigual, não alcançaram grande sucesso. Em 1879, dá-se uma inflexão no seu percurso intelectual, com o início da publicação da Biblioteca das Ciências Sociais, de sua exclusiva autoria. Embora alheia a intenções doutrinárias e ao espírito de sistema dominante na época (positivismo, determinismos vários), não deixaria de, pontualmente, exprimir estas tendências. Pelo largo fôlego e diversidade de matérias que pretendia abarcar - história peninsular, história nacional e ultramarina, história de Roma, antropologia, mitos religiosos, demografia, temas de economia e finanças, etc. - a coleção constituiu um projeto sem precedentes no meio cultural português da Regeneração, com o objetivo de generalizar todo um conjunto de saberes entre um público alargado. O empreendimento editorial ficaria marcado pelo autodidatismo de Oliveira Martins, uma curiosidade científica sem limites e um bem evidente pendor interdisciplinar e globalizante. Esse autodidatismo é afinal indissociável do próprio percurso biográfico e profissional do historiador. Na verdade, devido à morte do seu pai, Martins não chegara a concluir o curso liceal e cedo se dedicou à atividade profissional como empregado em duas casas comerciais (1858-70). Exerceu depois funções de administrador de uma mina, na Andaluzia (Santa Eufémia, 1870-74). De novo em Portugal, dirigiu a construção da linha ferroviária do Porto à Póvoa e Famalicão e foi administrador da respetiva Companhia ferroviária. Entretanto era eleito presidente da Sociedade de Geografia Comercial do Porto (1880) e depois nomeado diretor do Museu Industrial e Comercial do Porto (1884). Exerceu ainda as funções de administrador da Régie dos Tabacos (desde 1888), da Companhia de Moçambique (1888-90) e fez parte da comissão executiva da Exposição Industrial Portuguesa (1888). Em 1885, Oliveira Martins aprofundava a sua prática de redator da imprensa periódica com a fundação d'A Província (1885) e depois, já em Lisboa, d'O Repórter (1888). Para além destas experiências profissionais tão diversas e na sequência de várias candidaturas a deputado (1878-83), convicto da necessidade de reformar profundamente a vida política nacional, aderia ao Partido Progressista (1885), partido em que dinamizaria a chamada Vida Nova. Era eleito deputado (sucessivamente, de 1886 a 1894) e, em 1899, nomeado Ministro da Fazenda no ministério de José Dias Ferreira. Desempenharia este cargo apenas por quatro meses, devido a divergências com o chefe do governo.» Sérgio Campos Matos, in http://cvc.instituto-camoes.pt/seculo-xix/oliveira-martins.html#.YRzbSxRKi00