«O desafio foi lançado: estudaríamos "O Espectáculo", nas suas variadas manifestações e entendimentos, para a cadeira de História de Arte Medieval do Mestrado em História da Arte da Universidade Nova de Lisboa. Dessa iniciativa surgiu este ensaio. O espaço urbano, enquanto palco privilegiado de tantos espectáculos, foi o tema de trabalho escolhido e Lisboa o exemplo. O tempo, abrangendo o final do período medieval e a transição para o Mundo Moderno, deu-nos a ver uma cidade fervilhante de transformações e contrastes, onde o espectáculo tinha presença quotidiana. Proporcionado pela Corte nos seus passeios teatrais ou nos seus lutos revestidos de pompa, pelo repetir de procissões grandiosas e pelo próprio encontro, de gentes e povos, que os Descobrimentos a ela trouxeram, a Lisboa, de final de Quatrocentos e início de Quinhentos, revela-se, efectivamente, uma cidade "espectacular" onde o espaço urbano, além de palco, é participante/interveniente no espectáculo da própria cidade.»
«O desafio foi lançado: estudaríamos "O Espectáculo", nas suas variadas manifestações e entendimentos, para a cadeira de História de Arte Medieval do Mestrado em História da Arte da Universidade Nova de Lisboa. Dessa iniciativa surgiu este ensaio. O espaço urbano, enquanto palco privilegiado de tantos espectáculos, foi o tema de trabalho escolhido e Lisboa o exemplo. O tempo, abrangendo o final do período medieval e a transição para o Mundo Moderno, deu-nos a ver uma cidade fervilhante de transformações e contrastes, onde o espectáculo tinha presença quotidiana. Proporcionado pela Corte nos seus passeios teatrais ou nos seus lutos revestidos de pompa, pelo repetir de procissões grandiosas e pelo próprio encontro, de gentes e povos, que os Descobrimentos a ela trouxeram, a Lisboa, de final de Quatrocentos e início de Quinhentos, revela-se, efectivamente, uma cidade "espectacular" onde o espaço urbano, além de palco, é participante/interveniente no espectáculo da própria cidade.»