Quando apareceu, em 1979, a primeira edição deste livro trazia o título O Bando de Argel. Escolheu-se esse título na altura porque nesses anos a expressão era bem conhecida dos portugueses. Foi inventada por Vera Lagoa para classificar certos exilados políticos que se tomaram notórios pelas suas actividades na cidade norte-africana de Argel. Ficou na boca do mundo aquando da sua consagração na cena de abertura de uma revista de grande sucesso que ocupou o palco no Parque Maier. Já não existe em Portugal esse tipo de revista, nem esse tipo de humor. Apresenta-se ao público esta segunda edição com o título mais apropriado de Misérias do Exílio porque, na realidade, não é só do "bando" que o livro fala. Muitos outros - portugueses e africanos - aparecem nestas páginas. Gente honrada. Gente que fora vítima desse pequeno grupo. E, sobretudo, Humberto Delgado, homem justo que caiu vítima de homens injustos. O exílio político produz do melhor e do pior- mas é sempre uma miséria. Para que se tirem as lições e que nunca mais os portugueses tenham de passar por ela, conta-se aqui o que se passou entre os exilados na Argélia durante os quatro anos de 1962 a 1966.
Quando apareceu, em 1979, a primeira edição deste livro trazia o título O Bando de Argel. Escolheu-se esse título na altura porque nesses anos a expressão era bem conhecida dos portugueses. Foi inventada por Vera Lagoa para classificar certos exilados políticos que se tomaram notórios pelas suas actividades na cidade norte-africana de Argel. Ficou na boca do mundo aquando da sua consagração na cena de abertura de uma revista de grande sucesso que ocupou o palco no Parque Maier. Já não existe em Portugal esse tipo de revista, nem esse tipo de humor. Apresenta-se ao público esta segunda edição com o título mais apropriado de Misérias do Exílio porque, na realidade, não é só do "bando" que o livro fala. Muitos outros - portugueses e africanos - aparecem nestas páginas. Gente honrada. Gente que fora vítima desse pequeno grupo. E, sobretudo, Humberto Delgado, homem justo que caiu vítima de homens injustos. O exílio político produz do melhor e do pior- mas é sempre uma miséria. Para que se tirem as lições e que nunca mais os portugueses tenham de passar por ela, conta-se aqui o que se passou entre os exilados na Argélia durante os quatro anos de 1962 a 1966.