Nus, Ferozes e Antropófagos - Verdadeira história de um país de selvagens nus, ferozes e canibais, situado no Novo Mundo chamado América
Hans Staden viaja para o Brasil (1547-1549) com o intuito de adquirir pau-brasil e sem qualquer objectivo literário. Aprisionado pelos Tupinambás aguardou em cativeiro 9 meses pelo dia em que seria devorado. Só em Outubro de 1554 consegue uma ardilosa libertação. Artilheiro de formação e sem qualquer protecção académica elabora o testemunho das suas desventuras e sofrimento num conjunto de 56 xilogravuras creditadas com "exactidão e verdade, em louvor e glória a Deus pelos benefícios recebidos e pela sua libertação". O êxito do livro correspondeu à avidez e curiosidade da Europa humanista sobre o novo continente. Observador de práticas antropofágicas, esclarece a distinção entre antropofagia e canibalismo. O interesse estendeu-se às ilustrações, fonte de inspiração para outros, como Theodore de Bry e André Thévet. Staden oferece ainda "uma curta narrativa do comércio e costumes dos Tupinambás - habitação, caça e pesca, alimentação, fauna e flora, nudez, adornos corporais, casamentos, parentesco, crenças e guerras. Nus, Ferozes e Antropófagos é assim a história de um aventureiro dominado e dominador, relator e protagonista do seu próprio "romance histórico". O estudo introdutório do historiador Manuel Paquete fornece-nos uma visão do Brasil do final de quinhentos.
Nus, Ferozes e Antropófagos - Verdadeira história de um país de selvagens nus, ferozes e canibais, situado no Novo Mundo chamado América
Hans Staden viaja para o Brasil (1547-1549) com o intuito de adquirir pau-brasil e sem qualquer objectivo literário. Aprisionado pelos Tupinambás aguardou em cativeiro 9 meses pelo dia em que seria devorado. Só em Outubro de 1554 consegue uma ardilosa libertação. Artilheiro de formação e sem qualquer protecção académica elabora o testemunho das suas desventuras e sofrimento num conjunto de 56 xilogravuras creditadas com "exactidão e verdade, em louvor e glória a Deus pelos benefícios recebidos e pela sua libertação". O êxito do livro correspondeu à avidez e curiosidade da Europa humanista sobre o novo continente. Observador de práticas antropofágicas, esclarece a distinção entre antropofagia e canibalismo. O interesse estendeu-se às ilustrações, fonte de inspiração para outros, como Theodore de Bry e André Thévet. Staden oferece ainda "uma curta narrativa do comércio e costumes dos Tupinambás - habitação, caça e pesca, alimentação, fauna e flora, nudez, adornos corporais, casamentos, parentesco, crenças e guerras. Nus, Ferozes e Antropófagos é assim a história de um aventureiro dominado e dominador, relator e protagonista do seu próprio "romance histórico". O estudo introdutório do historiador Manuel Paquete fornece-nos uma visão do Brasil do final de quinhentos.