Compilação de números da revista Mundo Português publicados no primeiro semestre de 1945
«Publicada entre 1934 e 1947, a revista O Mundo Português tinha edição conjunta da Agência Geral das Colónias e do Secretariado da Propaganda Nacional (SPN; a partir de 1944, SNI). A primeira instituição havia sido criada em 1924 (e refundada por decretos de Março e Dezembro de 1932) e a segunda em 1933, ano em que a nova constituição veio consolidar juridicamente o Estado Novo de António de Oliveira Salazar (1889-1970). Esta revista traduzia claramente a política do regime sobre a recuperação do conceito de império colonial, sendo um dos principais veículos de propaganda do africanismo e dos africanistas. Obviamente, teve ainda papel primordial na divulgação e promoção da Exposição Colonial do Porto, em 1934. A propaganda, tal como era entendida pelo director do SPN, António Ferro (1895-1956), deveria utilizar e promover também a arte e a literatura, pelo que esta revista apresentou desde o seu início diversa colaboração literária, quer de africanistas quer de autores naturais das colónias.» in https://literaturacolonialportuguesa.blogs.sapo.pt/6758.html
«Com esta divisa da «solidariedade» entre as diversas parcelas do «Mundo Português», a Agência das Colónias representava bem os ideais do regime acerca de Portugal como único território que necessitava de ser melhor organizado e administrado, não só para que se pudesse fazer a reconstituição financeira, política e económica, mas também para que a política accionada pelo ministro das Finanças, Oliveira Salazar, pudesse vir a adoptar com “carinho” e “interesse” essas parcelas tropicais, como entidades produtoras e consumidoras deste mercado único. Assim, a reorganização da Agência, na nova conjuntura ideológica, baseava se no Decreto n.º 21.011, de 14 de Março de 1932, que procurava centralizar mais a instituição e ao mesmo tempo aumentar a competência comunicacional nas áreas da propaganda e da procuradoria. Segundo Lencastre, “conhecer” e “informar” seria a divisa principal da instituição que dirigia, centrando se a informação na recolha e divulgação de dados estatísticos e de outras notícias que interessassem aos Governos Central e Coloniais. » José Luís Lima Garcia
Compilação de números da revista Mundo Português publicados no primeiro semestre de 1945
«Publicada entre 1934 e 1947, a revista O Mundo Português tinha edição conjunta da Agência Geral das Colónias e do Secretariado da Propaganda Nacional (SPN; a partir de 1944, SNI). A primeira instituição havia sido criada em 1924 (e refundada por decretos de Março e Dezembro de 1932) e a segunda em 1933, ano em que a nova constituição veio consolidar juridicamente o Estado Novo de António de Oliveira Salazar (1889-1970). Esta revista traduzia claramente a política do regime sobre a recuperação do conceito de império colonial, sendo um dos principais veículos de propaganda do africanismo e dos africanistas. Obviamente, teve ainda papel primordial na divulgação e promoção da Exposição Colonial do Porto, em 1934. A propaganda, tal como era entendida pelo director do SPN, António Ferro (1895-1956), deveria utilizar e promover também a arte e a literatura, pelo que esta revista apresentou desde o seu início diversa colaboração literária, quer de africanistas quer de autores naturais das colónias.» in https://literaturacolonialportuguesa.blogs.sapo.pt/6758.html
«Com esta divisa da «solidariedade» entre as diversas parcelas do «Mundo Português», a Agência das Colónias representava bem os ideais do regime acerca de Portugal como único território que necessitava de ser melhor organizado e administrado, não só para que se pudesse fazer a reconstituição financeira, política e económica, mas também para que a política accionada pelo ministro das Finanças, Oliveira Salazar, pudesse vir a adoptar com “carinho” e “interesse” essas parcelas tropicais, como entidades produtoras e consumidoras deste mercado único. Assim, a reorganização da Agência, na nova conjuntura ideológica, baseava se no Decreto n.º 21.011, de 14 de Março de 1932, que procurava centralizar mais a instituição e ao mesmo tempo aumentar a competência comunicacional nas áreas da propaganda e da procuradoria. Segundo Lencastre, “conhecer” e “informar” seria a divisa principal da instituição que dirigia, centrando se a informação na recolha e divulgação de dados estatísticos e de outras notícias que interessassem aos Governos Central e Coloniais. » José Luís Lima Garcia