Mais de duas décadas antes de Portugal perder o seu império colonial, milhares de portugueses tiveram de abandonar a terra onde nasceram e onde esperavam continuar a viver. Mas, ao contrário dos retornados de África, os de Xangai não tinham uma metrópole para a qual voltar e muitos nem sequer falavam português. «Euro asiáticos», «filhos de Macau» ou «luso orientais», foram dos primeiros estrangeiros a estabelecer se em Xangai, em meados do século XIX, e durante os cem anos seguintes constituíram uma das suas maiores comunidades. Viveram os efeitos da Guerra do Ópio, a queda de uma monarquia multimilenar, a ocupação japonesa, uma longa guerra civil, que terminou com a vitória do Partido Comunista em 1949, e a seguir voltaram a partir. Contribuíram para transformar a cidade numa grande metrópole internacional e, depois de terem saído, ajudaram a perpetuar o fascínio em torno da mítica Xangai dos anos 20 e 30.
Mais de duas décadas antes de Portugal perder o seu império colonial, milhares de portugueses tiveram de abandonar a terra onde nasceram e onde esperavam continuar a viver. Mas, ao contrário dos retornados de África, os de Xangai não tinham uma metrópole para a qual voltar e muitos nem sequer falavam português. «Euro asiáticos», «filhos de Macau» ou «luso orientais», foram dos primeiros estrangeiros a estabelecer se em Xangai, em meados do século XIX, e durante os cem anos seguintes constituíram uma das suas maiores comunidades. Viveram os efeitos da Guerra do Ópio, a queda de uma monarquia multimilenar, a ocupação japonesa, uma longa guerra civil, que terminou com a vitória do Partido Comunista em 1949, e a seguir voltaram a partir. Contribuíram para transformar a cidade numa grande metrópole internacional e, depois de terem saído, ajudaram a perpetuar o fascínio em torno da mítica Xangai dos anos 20 e 30.