Aceite-se o contraditório: há guerras libertadoras, daquelas que retiram aos escravos as suas grilhetas, mas são exceções. Nos cenários que criam, é a grandeza dos seres humanos que nelas tomam parte que os valores mais intensos se revelam. Parece uma incongruência o coexistir de atividades musicais com a violência dos combates, ou que uma geração de crianças tenha sido concebida por entre os escombros, que o heroísmo, a abnegação, a solidariedade com o próximo se revele na guerra como em nenhum outro tempo da vida das civilizações. Mas a vida é sempre mais rica que a morte que a termina. Este livro de Maria José Oliveira vem mostrar-nos um lado intenso, por vezes desprezado e fundamental: que vida improvisada coube aos nossos quando feitos prisioneiros na I Guerra (1914 a 1918, sendo que para os portugueses começou ativamente na Europa em Janeiro de 1917).
Aceite-se o contraditório: há guerras libertadoras, daquelas que retiram aos escravos as suas grilhetas, mas são exceções. Nos cenários que criam, é a grandeza dos seres humanos que nelas tomam parte que os valores mais intensos se revelam. Parece uma incongruência o coexistir de atividades musicais com a violência dos combates, ou que uma geração de crianças tenha sido concebida por entre os escombros, que o heroísmo, a abnegação, a solidariedade com o próximo se revele na guerra como em nenhum outro tempo da vida das civilizações. Mas a vida é sempre mais rica que a morte que a termina. Este livro de Maria José Oliveira vem mostrar-nos um lado intenso, por vezes desprezado e fundamental: que vida improvisada coube aos nossos quando feitos prisioneiros na I Guerra (1914 a 1918, sendo que para os portugueses começou ativamente na Europa em Janeiro de 1917).