Os anos que corresponderam à administração de John F. Kennedy foram de crise para a aliança luso-americana e representam o período mas difícil das relações entre Portugal e os Estados Unidos desde a II Guerra Mundial. Na origem dessa crise descortina-se, em grande parte, a alteração da política norte-americana em relação ao colonialismo europeu, em geral, e à «questão colonial» portuguesa, em particular. Por outro lado, essa alteração surge justamente na altura em que eclodem em Angola as revoltas contra o domínio colonial português. Ao longo do ano de 1961 e parte de 1962, as relações luso-americanas viveram provavelmente um dos seus piores períodos de sempre; depois, nos meses finais de 1962 e durante 1963, verificou-se uma clara moderação no discurso anticolonialista dos Estados Unidos e uma evidente tentativa de conciliação com as exigências colocadas pelo Governo português tendo em vista a permanência das forças militares norte-americanas na Base das Lajes, nos Açores.
Os anos que corresponderam à administração de John F. Kennedy foram de crise para a aliança luso-americana e representam o período mas difícil das relações entre Portugal e os Estados Unidos desde a II Guerra Mundial. Na origem dessa crise descortina-se, em grande parte, a alteração da política norte-americana em relação ao colonialismo europeu, em geral, e à «questão colonial» portuguesa, em particular. Por outro lado, essa alteração surge justamente na altura em que eclodem em Angola as revoltas contra o domínio colonial português. Ao longo do ano de 1961 e parte de 1962, as relações luso-americanas viveram provavelmente um dos seus piores períodos de sempre; depois, nos meses finais de 1962 e durante 1963, verificou-se uma clara moderação no discurso anticolonialista dos Estados Unidos e uma evidente tentativa de conciliação com as exigências colocadas pelo Governo português tendo em vista a permanência das forças militares norte-americanas na Base das Lajes, nos Açores.