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Tarrafal – testemunhos xx

LT012693
1978
AA.VV.

Editora Caminho
Idioma Português PT
Estado : Usado 4/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Indisponível

€15
Mais detalhes
  • Ano
  • 1978
  • Código
  • LT012693
  • Detalhes físicos
  • Dimensões
  • 18,00 x 18,00 x
  • Nº Páginas
  • 337

Descrição

Trabalho colectivo de sobreviventes do Tarrafal, coordenado por Franco de Sousa

«O campo despertava às cinco da manhã. O guarda de serviço ao portão dava dez pancadas num roço de carril suspenso por arames. Ainda no ar da manhã repercutiam as badaladas e já um segundo guarda ia batendo com as chaves nas portas das barracas. - Vamos! Acima! - gritava. Saltávamos da cama, enfiávamos as calças, calçávamos as botas sem meias e encaminhávamo-nos para as retretes. Seguíamos depois para as nossas lavagens com os trapos que nos serviam de toalhas. Naqueles primeiros tempos, quando tudo estava por organizar, lavávamo-nos cá fora. Depois tivemos um "balneário". Era uma barraca de madeira, com chão de cimento. Estava dividida em duas partes, numa tomávamos duche, na outra lavávamos a roupa. Depois dois arames esticados entre as paredes mais afastadas estavam suspensas pequenas latas com buracos no fundo por onde caía a água com que tomávamos banho. Pelas cinco e meia, de novo ouvíamos as pancadas no carril. Era o toque para o café.»

Tarrafal – testemunhos xx

€15

LT012693
1978
AA.VV.
Editora Caminho
Idioma Português PT
Estado : Usado 4/5
Encadernação : Brochado
Disponib. - Indisponível

Mais detalhes
  • Ano
  • 1978
  • Código
  • LT012693
  • Detalhes físicos

  • Dimensões
  • 18,00 x 18,00 x
  • Nº Páginas
  • 337
Descrição

Trabalho colectivo de sobreviventes do Tarrafal, coordenado por Franco de Sousa

«O campo despertava às cinco da manhã. O guarda de serviço ao portão dava dez pancadas num roço de carril suspenso por arames. Ainda no ar da manhã repercutiam as badaladas e já um segundo guarda ia batendo com as chaves nas portas das barracas. - Vamos! Acima! - gritava. Saltávamos da cama, enfiávamos as calças, calçávamos as botas sem meias e encaminhávamo-nos para as retretes. Seguíamos depois para as nossas lavagens com os trapos que nos serviam de toalhas. Naqueles primeiros tempos, quando tudo estava por organizar, lavávamo-nos cá fora. Depois tivemos um "balneário". Era uma barraca de madeira, com chão de cimento. Estava dividida em duas partes, numa tomávamos duche, na outra lavávamos a roupa. Depois dois arames esticados entre as paredes mais afastadas estavam suspensas pequenas latas com buracos no fundo por onde caía a água com que tomávamos banho. Pelas cinco e meia, de novo ouvíamos as pancadas no carril. Era o toque para o café.»