Cartoons políticos, de orientação conservadora extrema. Reune os nºs 1 a 26, de 9 de Abril de 1976 a 30 de Setembro de 1976. Manuel Maria Baptista Múrias (Lisboa, 1 de Agosto de 1928 — Cascais, Cascais e Estoril, 10 de Outubro de 2000), que assinava Manuel Maria Múrias, foi um jornalista, escritor e político, ligado à facção nacionalista e conservadora portuguesa, que manteve uma presença activa no jornalismo político, dirigindo, entre outros periódicos, o jornal A Rua. Após o restabelecimento da democracia que resultou da Revolução dos Cravos tornou-se numa das vozes mais críticas ao novo regime. Quando lhe foi negado acesso à comunicação social, fundou um semanário, intitulado Bandarra, que publicou com António da Cruz Rodrigues sob a direcção de Miguel Freitas da Costa. Considerado contra-revolucionário e ofensivo, o semanário apenas publicou dois números, sendo o último apreendido pelo Comando Operacional do Continente, o COPCON. Esta publicação levou Múrias à prisão em Caxias. Libertado em Dezembro de 1975, depois de mais de um ano preso, fundou um semanário, intitulado A Rua, no qual manteve virulentos ataques contra as instituições revoluconárias e os políticos da época, sobretudo os de Esquerda. Em consequência, foi o primeiro jornalista português a ser condenado a pena de prisão efetiva, pelo crime de abuso de liberdade de imprensa, após o 25 de Abril de 1974, cumprindo alguns meses de prisão.
Cartoons políticos, de orientação conservadora extrema. Reune os nºs 1 a 26, de 9 de Abril de 1976 a 30 de Setembro de 1976. Manuel Maria Baptista Múrias (Lisboa, 1 de Agosto de 1928 — Cascais, Cascais e Estoril, 10 de Outubro de 2000), que assinava Manuel Maria Múrias, foi um jornalista, escritor e político, ligado à facção nacionalista e conservadora portuguesa, que manteve uma presença activa no jornalismo político, dirigindo, entre outros periódicos, o jornal A Rua. Após o restabelecimento da democracia que resultou da Revolução dos Cravos tornou-se numa das vozes mais críticas ao novo regime. Quando lhe foi negado acesso à comunicação social, fundou um semanário, intitulado Bandarra, que publicou com António da Cruz Rodrigues sob a direcção de Miguel Freitas da Costa. Considerado contra-revolucionário e ofensivo, o semanário apenas publicou dois números, sendo o último apreendido pelo Comando Operacional do Continente, o COPCON. Esta publicação levou Múrias à prisão em Caxias. Libertado em Dezembro de 1975, depois de mais de um ano preso, fundou um semanário, intitulado A Rua, no qual manteve virulentos ataques contra as instituições revoluconárias e os políticos da época, sobretudo os de Esquerda. Em consequência, foi o primeiro jornalista português a ser condenado a pena de prisão efetiva, pelo crime de abuso de liberdade de imprensa, após o 25 de Abril de 1974, cumprindo alguns meses de prisão.