Esta obra explora uma parte considerável do imaginário ocidental. Tudo começa com a consolidação da presença de Satanás na cena europeia, a partir do século XII, sb a dupla forma do terrível soberano luciferino reinante sobre um imenso exército demoníaco e da besta imunda aninhada nas entranhas do pecador. A seguir, ao longo de três capítulos, o Professor Muchembled aborda largamente o enigma da caça às bruxas nos séculos XVI e XVII. E é na época do Iluminismo que se assiste ao crepúsculo do Diabo, tanto por cusa da acentuação de um processo de interiorização do Mal comoda invenção do fantástico na literatura. Uma forte aceleração destes movimentos marca os séculos XIX e XX. E, no penultimo capítulo do livro, são analisadas as metamorfoses subtis do demónio interior, companheiro de um cidadão ocidental cada vez mais liberto do medo de Satanás mas instado a desconfiar de si próprio e das suas pulsões. O último capítulo mergulha no imaginário diabólico actual através do exorcismo, da voga do sobrenatural, do cinema, da BD, da publicidade, dos boatos, distinguindo entre uma corrente irónica à francesa e uma visão trágica e maléfica dominante nos Estados - como tem sido visível, repetidamente nos discursos de George W. Bush.
Esta obra explora uma parte considerável do imaginário ocidental. Tudo começa com a consolidação da presença de Satanás na cena europeia, a partir do século XII, sb a dupla forma do terrível soberano luciferino reinante sobre um imenso exército demoníaco e da besta imunda aninhada nas entranhas do pecador. A seguir, ao longo de três capítulos, o Professor Muchembled aborda largamente o enigma da caça às bruxas nos séculos XVI e XVII. E é na época do Iluminismo que se assiste ao crepúsculo do Diabo, tanto por cusa da acentuação de um processo de interiorização do Mal comoda invenção do fantástico na literatura. Uma forte aceleração destes movimentos marca os séculos XIX e XX. E, no penultimo capítulo do livro, são analisadas as metamorfoses subtis do demónio interior, companheiro de um cidadão ocidental cada vez mais liberto do medo de Satanás mas instado a desconfiar de si próprio e das suas pulsões. O último capítulo mergulha no imaginário diabólico actual através do exorcismo, da voga do sobrenatural, do cinema, da BD, da publicidade, dos boatos, distinguindo entre uma corrente irónica à francesa e uma visão trágica e maléfica dominante nos Estados - como tem sido visível, repetidamente nos discursos de George W. Bush.