"Partimos de um trabalho sobre mulheres que se tornam mães e pusemos a questão: como é que elas são educadas para serem capazes de dar à luz e de tornarem gente esses seres? Que educação lhes é dada? Que aprendizagens? E foi este fio - desde sempre visto como uma evidência: a "natureza feminina" - que nos obrigou a recuar no tempo, a interrogarmo-nos de que modo essa "natureza feminina" foi definida nos inícios gregos da cultura ocidental, e depois que inflexões sofreu ao longo dos tempos até ao século XVIII, em que a definição de corpo feminino como "apto para a maternidade" sofre um reforço, pois a definição médica vai cruzar-se com a preocupação política do Estado: a do interesse com a saúde dos seus cidadãos úteis e racionais. Como pois educar as mulheres para elas serem capazes de educarem aos seus filhos tornando-os "seres razoáveis"?"
"Partimos de um trabalho sobre mulheres que se tornam mães e pusemos a questão: como é que elas são educadas para serem capazes de dar à luz e de tornarem gente esses seres? Que educação lhes é dada? Que aprendizagens? E foi este fio - desde sempre visto como uma evidência: a "natureza feminina" - que nos obrigou a recuar no tempo, a interrogarmo-nos de que modo essa "natureza feminina" foi definida nos inícios gregos da cultura ocidental, e depois que inflexões sofreu ao longo dos tempos até ao século XVIII, em que a definição de corpo feminino como "apto para a maternidade" sofre um reforço, pois a definição médica vai cruzar-se com a preocupação política do Estado: a do interesse com a saúde dos seus cidadãos úteis e racionais. Como pois educar as mulheres para elas serem capazes de educarem aos seus filhos tornando-os "seres razoáveis"?"