Tradução e prefácio de José Augusto Seabra.
O leitor encontrará aqui duas determinações: por um lado, uma crítica ideológica que incide sobre a linguagem da chamada cultura de massa: por outro, uma primeira desmontagem semiológica desta linguagem: eu acabava de ler Sausurre e daí tirei a convicção de que tratando as "representações colectivas" como sistemas de signos era possível esperar sair da denúncia piedosa e das conta nas suas minúcias da manifestação que transforma a cultura pequeno-burguesa numa natureza universal.
Roland Barthes (Cherbourg, 12 de Novembro de 1915 — Paris, 26 de Março de 1980) foi um escritor, sociólogo, crítico literário, semiólogo e filósofo francês. Formado em Letras Clássicas em 1939 e Gramática e Filosofia em 1943 na Universidade de Paris, fez parte da escola estruturalista, influenciado pelo lingüista Ferdinand de Saussure. Crítico dos conceitos teóricos complexos que circularam dentro dos centros educativos franceses nos anos 50. Entre 1952 e 1959 trabalhou no Centre national de la recherche scientifique - CNRS. Barthes usou a análise semiótica em revistas e propagandas, destacando seu conteúdo político. Dividia o processo de significação em dois momentos: denotativo e conotativo. Resumida e essencialmente, o primeiro tratava da percepção simples, superficial; e o segundo continha as mitologias, como chamava os sistemas de códigos que nos são transmitidos e são adotados como padrões. Segundo ele, esses conjuntos ideológicos eram às vezes absorvidos despercebidamente, o que possibilitava e tornava viável o uso de veículos de comunicação para a persuasão.
Tradução e prefácio de José Augusto Seabra.
O leitor encontrará aqui duas determinações: por um lado, uma crítica ideológica que incide sobre a linguagem da chamada cultura de massa: por outro, uma primeira desmontagem semiológica desta linguagem: eu acabava de ler Sausurre e daí tirei a convicção de que tratando as "representações colectivas" como sistemas de signos era possível esperar sair da denúncia piedosa e das conta nas suas minúcias da manifestação que transforma a cultura pequeno-burguesa numa natureza universal.
Roland Barthes (Cherbourg, 12 de Novembro de 1915 — Paris, 26 de Março de 1980) foi um escritor, sociólogo, crítico literário, semiólogo e filósofo francês. Formado em Letras Clássicas em 1939 e Gramática e Filosofia em 1943 na Universidade de Paris, fez parte da escola estruturalista, influenciado pelo lingüista Ferdinand de Saussure. Crítico dos conceitos teóricos complexos que circularam dentro dos centros educativos franceses nos anos 50. Entre 1952 e 1959 trabalhou no Centre national de la recherche scientifique - CNRS. Barthes usou a análise semiótica em revistas e propagandas, destacando seu conteúdo político. Dividia o processo de significação em dois momentos: denotativo e conotativo. Resumida e essencialmente, o primeiro tratava da percepção simples, superficial; e o segundo continha as mitologias, como chamava os sistemas de códigos que nos são transmitidos e são adotados como padrões. Segundo ele, esses conjuntos ideológicos eram às vezes absorvidos despercebidamente, o que possibilitava e tornava viável o uso de veículos de comunicação para a persuasão.