Redigido por um reputadíssimo estudioso da política externa norte-americana, o brilhante ensaio sobre a América e o mundo (publicado recentemente na Policy Review) que provocou uma tempestade nos círculos internacionais surge agora, ampliado, sob a forma de livro. Os líderes europeus, cada vez mais perturbados com a política externa e as acções norte-americanas no estrangeiro, sentem que se aproxima aquele que o jornal New York Times (21 de Julho de 2002) designou como o «momento da verdade». Após anos de ressentimento mútuo e tensão, deu-se o súbito reconhecimento de que os verdadeiros interesses da América e dos seus aliados divergem substancialmente e que a relação transatlântica se alterou, possivelmente de forma irreversível. A Europa, a «velha Europa», vê os Estados Unidos como um país arrogante, unilateral e desnecessariamente belicoso; os Estados Unidos vêem a Europa como um conjunto de Estados gastos, pouco sérios e debilitados. A tensão e a desconfiança mútuas estão a caminhar para a incompreensão. Robert Kagan considerou de forma incisiva este impasse, forçando cada um dos lados a ver-se através dos olhos do outro. Passando em revista as histórias muito diferentes da Europa e da América desde a Segunda Guerra Mundial, o autor aponta claramente a razão pela qual de um dos lados a necessidade de fugir a um passado sangrento conduziu à adopção de um novo conjunto de crenças supranacionais relativas ao poder e à ameaça, ao passo que o outro lado, inevitavelmente, evoluiu para a categoria de garante desse «paraíso pós-moderno» graças ao seu poderio e alcance mundial. Esta análise singular, discutida de Washington a Paris e a Tóquio, constitui leitura essencial.
Redigido por um reputadíssimo estudioso da política externa norte-americana, o brilhante ensaio sobre a América e o mundo (publicado recentemente na Policy Review) que provocou uma tempestade nos círculos internacionais surge agora, ampliado, sob a forma de livro. Os líderes europeus, cada vez mais perturbados com a política externa e as acções norte-americanas no estrangeiro, sentem que se aproxima aquele que o jornal New York Times (21 de Julho de 2002) designou como o «momento da verdade». Após anos de ressentimento mútuo e tensão, deu-se o súbito reconhecimento de que os verdadeiros interesses da América e dos seus aliados divergem substancialmente e que a relação transatlântica se alterou, possivelmente de forma irreversível. A Europa, a «velha Europa», vê os Estados Unidos como um país arrogante, unilateral e desnecessariamente belicoso; os Estados Unidos vêem a Europa como um conjunto de Estados gastos, pouco sérios e debilitados. A tensão e a desconfiança mútuas estão a caminhar para a incompreensão. Robert Kagan considerou de forma incisiva este impasse, forçando cada um dos lados a ver-se através dos olhos do outro. Passando em revista as histórias muito diferentes da Europa e da América desde a Segunda Guerra Mundial, o autor aponta claramente a razão pela qual de um dos lados a necessidade de fugir a um passado sangrento conduziu à adopção de um novo conjunto de crenças supranacionais relativas ao poder e à ameaça, ao passo que o outro lado, inevitavelmente, evoluiu para a categoria de garante desse «paraíso pós-moderno» graças ao seu poderio e alcance mundial. Esta análise singular, discutida de Washington a Paris e a Tóquio, constitui leitura essencial.