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Mar me quer xx

LT004337
2000
Mia Couto

Editora Caminho
Idioma Português PT
Estado : Usado 5/5
Encadernação : Capa dura
Disponib. - Indisponível

€6
Mais detalhes
  • Ano
  • 2000
  • Código
  • LT004337
  • ISBN
  • 9789722113748
  • Detalhes físicos
  • Dimensões
  • 17,00 x 25,00 x
  • Nº Páginas
  • 69

Descrição

Mar me Quer, um texto inicialmente escrito para uma colecção da Expo 98, tem ilustrações de João Nasi Pereira.

Conta-nos a história de Dona Luarmina, "gorda e engordurada", com relampejos da infância, e Zeca Perpétuo, cuja infância cedo morreu, como o pai, que mergulhara nas funduras das águas marinhas, para socorrer a sua amada. São personagens com o seu quê de poético, seres que resistem às agruras que a vida traz, com uma alegria e uma candura digamos que quase biológica. Um dia o padre Nunes me falou de Luarmina, seus brumosos passados. O pai era um grego, um desses pescadores que arrumou rede em costas de Moçambique, do lado de lá da baía de S. Vicente. Já se antigamentara há muito. A mãe morreu pouco tempo depois. Dizem que de desgosto. Não devido da viuvez, mas por causa da beleza da filha. Ao que parece, Luarmina endoidava os homens graúdos que abutreavam em redor da casa. A senhora maldizia a perfeição de sua filha. Diz-se que, enlouquecida, certa noite intentou de golpear o rosto de Luarmina. Só para a esfeiar e, assim, afastar os candidatos. Depois da morte da mãe, enviaram Luarmina para o lado de cá, para ela se amoldar na Missão, entregue a reza e crucifixo. Havia que arrumar a moça por fora, engomála por dentro. E foi assim que ela se dedicou a linhas, agulhas e dedais. Até se transferir para sua atual moradia, nos arredores de minha existência.

Mar me quer xx

€6

LT004337
2000
Mia Couto
Editora Caminho
Idioma Português PT
Estado : Usado 5/5
Encadernação : Capa dura
Disponib. - Indisponível

Mais detalhes
  • Ano
  • 2000
  • Código
  • LT004337
  • ISBN
  • 9789722113748
  • Detalhes físicos

  • Dimensões
  • 17,00 x 25,00 x
  • Nº Páginas
  • 69
Descrição

Mar me Quer, um texto inicialmente escrito para uma colecção da Expo 98, tem ilustrações de João Nasi Pereira.

Conta-nos a história de Dona Luarmina, "gorda e engordurada", com relampejos da infância, e Zeca Perpétuo, cuja infância cedo morreu, como o pai, que mergulhara nas funduras das águas marinhas, para socorrer a sua amada. São personagens com o seu quê de poético, seres que resistem às agruras que a vida traz, com uma alegria e uma candura digamos que quase biológica. Um dia o padre Nunes me falou de Luarmina, seus brumosos passados. O pai era um grego, um desses pescadores que arrumou rede em costas de Moçambique, do lado de lá da baía de S. Vicente. Já se antigamentara há muito. A mãe morreu pouco tempo depois. Dizem que de desgosto. Não devido da viuvez, mas por causa da beleza da filha. Ao que parece, Luarmina endoidava os homens graúdos que abutreavam em redor da casa. A senhora maldizia a perfeição de sua filha. Diz-se que, enlouquecida, certa noite intentou de golpear o rosto de Luarmina. Só para a esfeiar e, assim, afastar os candidatos. Depois da morte da mãe, enviaram Luarmina para o lado de cá, para ela se amoldar na Missão, entregue a reza e crucifixo. Havia que arrumar a moça por fora, engomála por dentro. E foi assim que ela se dedicou a linhas, agulhas e dedais. Até se transferir para sua atual moradia, nos arredores de minha existência.