Com um extenso prefácio por Eça de Queiroz, a quem o editor encomendou esta primeira edição deste almanaque.
Além de curiosidades, efemérides e apontamentos diversos, contém rubricas como Direito para todos, Noções gerais sobre operações bancárias e da bolsa, e um artigo sobre a videira por A. Batalha Reis.
«[...] Curiosamente, o almanaque que Eça agora apadrinha, organiza e prefacia pode relacionar-se (e as páginas deste texto preambular apontam nesse sentido) com um dos aspectos mais interessantes e modernos da obra queirosiana finissecular: a problematização da ciência e da cultura que n’A Cidade e as Serras se leva a cabo. De certa forma, em determinados passos desta reflexão sobre os almanaques reitera-se o cepticismo de Eça em relação a um tempo e a uma civilização [...] atulhados de informação e de conhecimentos científicos. E assim, se este almanaque se proclama “enciclopédico” é porque nele se reelabora um saber amplo e plural, mas não um saber pesado de erudição e esmagador de dimensão. [...]» Carlos Reis, in «Eça de Queirós, Almanaques», Biblioteca Nacional, Lisboa, 2002)
Com um extenso prefácio por Eça de Queiroz, a quem o editor encomendou esta primeira edição deste almanaque.
Além de curiosidades, efemérides e apontamentos diversos, contém rubricas como Direito para todos, Noções gerais sobre operações bancárias e da bolsa, e um artigo sobre a videira por A. Batalha Reis.
«[...] Curiosamente, o almanaque que Eça agora apadrinha, organiza e prefacia pode relacionar-se (e as páginas deste texto preambular apontam nesse sentido) com um dos aspectos mais interessantes e modernos da obra queirosiana finissecular: a problematização da ciência e da cultura que n’A Cidade e as Serras se leva a cabo. De certa forma, em determinados passos desta reflexão sobre os almanaques reitera-se o cepticismo de Eça em relação a um tempo e a uma civilização [...] atulhados de informação e de conhecimentos científicos. E assim, se este almanaque se proclama “enciclopédico” é porque nele se reelabora um saber amplo e plural, mas não um saber pesado de erudição e esmagador de dimensão. [...]» Carlos Reis, in «Eça de Queirós, Almanaques», Biblioteca Nacional, Lisboa, 2002)