«Deixem me sonhar», clamou José Torres antes do jogo de apuramento para o México 86 entre Portugal e a RFA, aquele em que um pontapé de Carlos Manuel e as defesas de Bento conseguiram o impensável: pela segunda vez na História, a selecção portuguesa apurava se para um Mundial de Futebol.
Há uma enorme distância entre esse remate e aquele de Éder que deu a vitória a Portugal no Euro 2016, mas em Deixem nos Sonhar fica claro que um não existiria sem o outro. Na cidade mexicana de Saltillo, protagonizando uma reivindicação sem precedentes, uma geração de futebolistas sacrificou se em nome da profissionalização do futebol nacional. O episódio que deu um novo rumo ao desporto rei em Portugal foi ao mesmo tempo o reflexo de um país que, nesse ano de 1986, aderia à CEE, votava em Freitas do Amaral ou Mário Soares e gastava dinheiro no recém inaugurado Centro Comercial das Amoreiras. Um país em ebulição, ainda a tentar construir a sua identidade democrática.
«Deixem me sonhar», clamou José Torres antes do jogo de apuramento para o México 86 entre Portugal e a RFA, aquele em que um pontapé de Carlos Manuel e as defesas de Bento conseguiram o impensável: pela segunda vez na História, a selecção portuguesa apurava se para um Mundial de Futebol.
Há uma enorme distância entre esse remate e aquele de Éder que deu a vitória a Portugal no Euro 2016, mas em Deixem nos Sonhar fica claro que um não existiria sem o outro. Na cidade mexicana de Saltillo, protagonizando uma reivindicação sem precedentes, uma geração de futebolistas sacrificou se em nome da profissionalização do futebol nacional. O episódio que deu um novo rumo ao desporto rei em Portugal foi ao mesmo tempo o reflexo de um país que, nesse ano de 1986, aderia à CEE, votava em Freitas do Amaral ou Mário Soares e gastava dinheiro no recém inaugurado Centro Comercial das Amoreiras. Um país em ebulição, ainda a tentar construir a sua identidade democrática.