Se dizemos que é tempo de fazer regressar ao nosso convívio a poesia de Daniel Filipe, sobretudo a poesia de A Invenção do Amor e outros poemas, falamos apenas em regresso físico — à palavra impressa, ao livro. Em qualquer outra acepção, não há que falar em regresso: os seus poemas estão aí como sempre estiveram— hoje até talvez mais actuais, com uma acuidade mais viva, como se a comunicação que entre eles e nós se estabelece tivesse conquistado uma nova dimensão, ou porque a nossa actualidade se abriu mais à palavra de Daniel Filipe, encontrando-se de súbito mais próxima dessa poesia que funde tão intimamente amor e liberdade. Essa a razão por que A Invenção do Amor, o poema onde tal fusão atinge a sua expressão mais nítida, guarda intactas — ou quiçá as intensifique — todas as suas promessas e todo o seu potencial combativo.[...]
Se dizemos que é tempo de fazer regressar ao nosso convívio a poesia de Daniel Filipe, sobretudo a poesia de A Invenção do Amor e outros poemas, falamos apenas em regresso físico — à palavra impressa, ao livro. Em qualquer outra acepção, não há que falar em regresso: os seus poemas estão aí como sempre estiveram— hoje até talvez mais actuais, com uma acuidade mais viva, como se a comunicação que entre eles e nós se estabelece tivesse conquistado uma nova dimensão, ou porque a nossa actualidade se abriu mais à palavra de Daniel Filipe, encontrando-se de súbito mais próxima dessa poesia que funde tão intimamente amor e liberdade. Essa a razão por que A Invenção do Amor, o poema onde tal fusão atinge a sua expressão mais nítida, guarda intactas — ou quiçá as intensifique — todas as suas promessas e todo o seu potencial combativo.[...]