«Três paixões, simples mas infinitamente poderosas, têm governado a minha vida: o desejo do amor, a busca do conhecimento, e uma compaixão esmagadora pelos sofrimentos da humanidade. Estas paixões, como ventos colossais, têm-me arrastado caprichosamente nas direcções nas direcções mais diversas, até junto a um oceano fundo de angústia, à beira do próprio desespero. Demandei o amor, primeiro, porque o amor traz o êxtase – um êxtase tão grande que muitas vezes eu teria sacrificado o resto da vida por umas horas dessa alegria. O outro motivo é que o amor elide a solidão – a solidão terrível em que a consciência tiritante, na orla extrema do mundo, entrevê o gelado abismo insondável, ausente de vida. E, finalmente, demandei o amor porque na união amorosa tive a antevisão, em mística miniatura, do céu imaginado pelos poetas e pelos santos.» «Com igual fervor, procurei o conhecimento. Desejei compreender a razão por que brilham as estrelas.» «O amor e o conhecimento, na medida em que foram possíveis, levaram-me até às regiões celestes. Mas a compaixão acabou sempre por me trazer, de novo, à terra. Ecos de gritos de dor reverberam no meu coração. Crianças famintas, vitimas torturadas por opressores, gente velha sem amparo considerada pelos filhos um fardo odioso, e todo o vasto mundo de solidão, de pobreza e de dor – constituem um insulto ao que a vida humana deveria ser. É meu desejo ardente aliviar todo esse mal e não consigo, e sofro eu também. Tem sido esta a minha vida.»
«Três paixões, simples mas infinitamente poderosas, têm governado a minha vida: o desejo do amor, a busca do conhecimento, e uma compaixão esmagadora pelos sofrimentos da humanidade. Estas paixões, como ventos colossais, têm-me arrastado caprichosamente nas direcções nas direcções mais diversas, até junto a um oceano fundo de angústia, à beira do próprio desespero. Demandei o amor, primeiro, porque o amor traz o êxtase – um êxtase tão grande que muitas vezes eu teria sacrificado o resto da vida por umas horas dessa alegria. O outro motivo é que o amor elide a solidão – a solidão terrível em que a consciência tiritante, na orla extrema do mundo, entrevê o gelado abismo insondável, ausente de vida. E, finalmente, demandei o amor porque na união amorosa tive a antevisão, em mística miniatura, do céu imaginado pelos poetas e pelos santos.» «Com igual fervor, procurei o conhecimento. Desejei compreender a razão por que brilham as estrelas.» «O amor e o conhecimento, na medida em que foram possíveis, levaram-me até às regiões celestes. Mas a compaixão acabou sempre por me trazer, de novo, à terra. Ecos de gritos de dor reverberam no meu coração. Crianças famintas, vitimas torturadas por opressores, gente velha sem amparo considerada pelos filhos um fardo odioso, e todo o vasto mundo de solidão, de pobreza e de dor – constituem um insulto ao que a vida humana deveria ser. É meu desejo ardente aliviar todo esse mal e não consigo, e sofro eu também. Tem sido esta a minha vida.»