Guerra Junqueiro ficou conhecido pela sua viva e apaixonada imaginação poética criadora de formas e imagens realistas, manipulando a métrica como ninguém e dando largas à sua veia satírica.
«Quis mentalmente viver a vida singela e primitiva de boas e santas criaturas, que atravessam um mundo de misérias e de injustiças, de vícios e de crimes, de fomes e de tormentos, sem um olhar de maldição para a natureza, sem uma palavra de queixume para o destino. E então encarnei, por assim dizer, no pastor grandioso e asceta, na moleirinha octogenária e sorridente, no cavador trágico, nos mendigos bíblicos, na mansidão dos bois arroteando os campos e nas labaredas de oiro do castanheiro, aquecendo a velhice, alegrando a infância, iluminando a choupana.»
Guerra Junqueiro ficou conhecido pela sua viva e apaixonada imaginação poética criadora de formas e imagens realistas, manipulando a métrica como ninguém e dando largas à sua veia satírica.
«Quis mentalmente viver a vida singela e primitiva de boas e santas criaturas, que atravessam um mundo de misérias e de injustiças, de vícios e de crimes, de fomes e de tormentos, sem um olhar de maldição para a natureza, sem uma palavra de queixume para o destino. E então encarnei, por assim dizer, no pastor grandioso e asceta, na moleirinha octogenária e sorridente, no cavador trágico, nos mendigos bíblicos, na mansidão dos bois arroteando os campos e nas labaredas de oiro do castanheiro, aquecendo a velhice, alegrando a infância, iluminando a choupana.»