«Kollontai morreu, de morte natural, no Dia Internacional da Mulher, 8 de março de 1952, três semanas antes de completar 80 anos, e um ano antes da morte de Estaline. Atingira uma longevidade invulgar entre os revolucionários da sua geração. Muitos tinham morrido por resistirem ao estalinismo, muitos outros morreram apesar de capitularem ao estalinismo. Kollontai capitulou e sobreviveu, mas politicamente tinha morrido antes da maioria. Fora leninista convicta durante três anos (1915-1918) e estalinista assumida durante 25 anos (1927-1952). A burocracia moscovita pagou-lhe os cinco lustros de lealdade incondicional com o desprezo. Na Pravda, ignorou a morte da que fora uma figura grada da revolução e não lhe dedicou qualquer obituário. Na lápide funerária, deixou inscrever laconicamente: “Revolucionária, oradora, diplomata”.» António Louçã in esquerda.net
«Kollontai morreu, de morte natural, no Dia Internacional da Mulher, 8 de março de 1952, três semanas antes de completar 80 anos, e um ano antes da morte de Estaline. Atingira uma longevidade invulgar entre os revolucionários da sua geração. Muitos tinham morrido por resistirem ao estalinismo, muitos outros morreram apesar de capitularem ao estalinismo. Kollontai capitulou e sobreviveu, mas politicamente tinha morrido antes da maioria. Fora leninista convicta durante três anos (1915-1918) e estalinista assumida durante 25 anos (1927-1952). A burocracia moscovita pagou-lhe os cinco lustros de lealdade incondicional com o desprezo. Na Pravda, ignorou a morte da que fora uma figura grada da revolução e não lhe dedicou qualquer obituário. Na lápide funerária, deixou inscrever laconicamente: “Revolucionária, oradora, diplomata”.» António Louçã in esquerda.net