Se perguntássemos a Agustina Bessa Luís se conserva afinidades com "A Brusca", escrita há muito tempo, ela diria, como um dos seus personagens: «Não digo que sim, não digo que não...» Porque muita coisa mudou na sua arte, e todavia nada se modificou na essência dela. "A Brusca" é um livro de meditações contadas. Não se sabe se são memórias, se são apenas convivências imaginadas através de lugares muito familiares. Não tanto as pessoas como os lugares são a realidade de Agustina. As casas, as cidades com as praças e os jardins, as povoações com os seus pobres e os seus magnates que não são diferentes dos que por lá andavam no tempo de Pero Álvares de Caminha, são a realidade explorada e rezada por Agustina. Rios onde salta a boga e a truta branca, caminhos onde se conhece o pé do recoveiro, do carteiro, do negociante de cereal, são as realidades que transportam a curiosidade do homem. São o mundo criado em busca do seu criador que se esconde no véu dos tempos e pede auxiliar ou aprendiz que o substitua. Inclui os contos: A Brusca, O convidado debaixo da mesa, Auto do Rei Herodes, Uma pescaria, O bodo, Os amantes aprovados, A mãe de um rio, Casa morta e pia baptismal, A matança, O Faisão, Um Inverno Frio, Mármore Colossal, Uma provinciana. Agustina Bessa-Luís nasceu em Vila Meã, Amarante, a 15 de outubro de 1922. A sua infância e adolescência são passadas nesta região, cuja ambiência marcará fortemente a obra da escritora. Estreou-se como romancista em 1948, com a novela Mundo Fechado, tendo desde então mantido um ritmo de publicação pouco usual nas letras portuguesas, contando com mais de meia centena de obras.
Se perguntássemos a Agustina Bessa Luís se conserva afinidades com "A Brusca", escrita há muito tempo, ela diria, como um dos seus personagens: «Não digo que sim, não digo que não...» Porque muita coisa mudou na sua arte, e todavia nada se modificou na essência dela. "A Brusca" é um livro de meditações contadas. Não se sabe se são memórias, se são apenas convivências imaginadas através de lugares muito familiares. Não tanto as pessoas como os lugares são a realidade de Agustina. As casas, as cidades com as praças e os jardins, as povoações com os seus pobres e os seus magnates que não são diferentes dos que por lá andavam no tempo de Pero Álvares de Caminha, são a realidade explorada e rezada por Agustina. Rios onde salta a boga e a truta branca, caminhos onde se conhece o pé do recoveiro, do carteiro, do negociante de cereal, são as realidades que transportam a curiosidade do homem. São o mundo criado em busca do seu criador que se esconde no véu dos tempos e pede auxiliar ou aprendiz que o substitua. Inclui os contos: A Brusca, O convidado debaixo da mesa, Auto do Rei Herodes, Uma pescaria, O bodo, Os amantes aprovados, A mãe de um rio, Casa morta e pia baptismal, A matança, O Faisão, Um Inverno Frio, Mármore Colossal, Uma provinciana. Agustina Bessa-Luís nasceu em Vila Meã, Amarante, a 15 de outubro de 1922. A sua infância e adolescência são passadas nesta região, cuja ambiência marcará fortemente a obra da escritora. Estreou-se como romancista em 1948, com a novela Mundo Fechado, tendo desde então mantido um ritmo de publicação pouco usual nas letras portuguesas, contando com mais de meia centena de obras.