A cidade fantástica (Dandelion Wine no original) relata-nos o verão do ano de 1928, ano em que o protagonista, o jovem Douglas Spaulding, ganha consciência de que está vivo. E é esta sua nova consciência que torna a pequena cidade de Green Town uma cidade fantástica. Os episódios, locais e rituais do quotidiano, do cinema ao ferro-velho, das refeições ao cortar da relva dos jardins, tornam-se fantásticos porque olhados por um novo prisma, lembrando o efeito mooreffoc chestertoniano. A cidade fantástica vive desse olhar, que dá nova vida não só aos episódios banais narrados, como à forma como o são: vê-se pelas suas maravilhosas descrições que Ray Bradbury também olha a realidade com olhos sempre novos. Ao mesmo tempo que descobre que está vivo, Douglas ganha a consciência de que há-de morrer, e muitos dos episódios que marcam este Verão são por sua vez marcados por esta passagem do tempo, pela morte, pela mudança. Este livro torna-se assim um convite a que olhemos tudo com esta consciência nova, antes que tudo acabe sem que demos pelo que passa por nós
A cidade fantástica (Dandelion Wine no original) relata-nos o verão do ano de 1928, ano em que o protagonista, o jovem Douglas Spaulding, ganha consciência de que está vivo. E é esta sua nova consciência que torna a pequena cidade de Green Town uma cidade fantástica. Os episódios, locais e rituais do quotidiano, do cinema ao ferro-velho, das refeições ao cortar da relva dos jardins, tornam-se fantásticos porque olhados por um novo prisma, lembrando o efeito mooreffoc chestertoniano. A cidade fantástica vive desse olhar, que dá nova vida não só aos episódios banais narrados, como à forma como o são: vê-se pelas suas maravilhosas descrições que Ray Bradbury também olha a realidade com olhos sempre novos. Ao mesmo tempo que descobre que está vivo, Douglas ganha a consciência de que há-de morrer, e muitos dos episódios que marcam este Verão são por sua vez marcados por esta passagem do tempo, pela morte, pela mudança. Este livro torna-se assim um convite a que olhemos tudo com esta consciência nova, antes que tudo acabe sem que demos pelo que passa por nós