Com o presente volume tem início a realização deste projecto. Começar com A Madona é pôr à disposição do leitor um livro de surpreendente beleza que teve um papel renovador no romance português do final da década de 60 e é hoje, pela história que nos conta e pela sua linguagem literária, de uma invulgar modernidade.«Que bom, poder ler assim um romance português – em língua portuguesa! Mas haverá outro que se lhe possa comparar? Entre os «modernos» sobretudo? Não o lembro. Sobre todos os aspectos, uma obra-prima, única. Um livro sem par na nossa literatura.» José Rodrigues Miguéis deixou escritas estas palavras, em «Notas» soltas «sobre a leitura de A Madona» (que se encontram no espólio de Natália Correia, na Biblioteca Nacional). E observa: «Logo a abertura é magistral». Depois, ao comentar o todo do livro, reconhece que «ao seu carácter novo – novíssimo – reúne o de um profundo sabor colorido nacional.» exclamando: «E é um romance com assunto!»A Madona, publicado em 1968 pela Editorial Presença (reedições em 1972 e 1986) não foi a primeira obra de ficção da escrita tora que, muito cedo, em 1945, revelara já a sua vocação narrativa. Feliz ano aquele, que de 68 é também O Delfim, de José Cardoso Pires, e do ano seguinte serão Maina Mendes, de Maria Velho da Costa e A Noite e o Riso, de Nuno Bragança.
Com o presente volume tem início a realização deste projecto. Começar com A Madona é pôr à disposição do leitor um livro de surpreendente beleza que teve um papel renovador no romance português do final da década de 60 e é hoje, pela história que nos conta e pela sua linguagem literária, de uma invulgar modernidade.«Que bom, poder ler assim um romance português – em língua portuguesa! Mas haverá outro que se lhe possa comparar? Entre os «modernos» sobretudo? Não o lembro. Sobre todos os aspectos, uma obra-prima, única. Um livro sem par na nossa literatura.» José Rodrigues Miguéis deixou escritas estas palavras, em «Notas» soltas «sobre a leitura de A Madona» (que se encontram no espólio de Natália Correia, na Biblioteca Nacional). E observa: «Logo a abertura é magistral». Depois, ao comentar o todo do livro, reconhece que «ao seu carácter novo – novíssimo – reúne o de um profundo sabor colorido nacional.» exclamando: «E é um romance com assunto!»A Madona, publicado em 1968 pela Editorial Presença (reedições em 1972 e 1986) não foi a primeira obra de ficção da escrita tora que, muito cedo, em 1945, revelara já a sua vocação narrativa. Feliz ano aquele, que de 68 é também O Delfim, de José Cardoso Pires, e do ano seguinte serão Maina Mendes, de Maria Velho da Costa e A Noite e o Riso, de Nuno Bragança.