Num dia normal, um homem banal acorda. O mundo continua o mesmo, mas Gregor Samsa é outro - será? -, agora metamorfoseado num enorme e monstruoso insecto. Relegado para um quarto, o caixeiro-viajante torna-se uma anomalia, um ser paradoxal, uma coisa estranha e insuportável para os outros. Ainda um homem - será? -, procura ajustar-se à sua nova forma e à realidade de um corpo imposto, mas ninguém - parece - o vê ou encontra, que não é dizer o mesmo. O ostracismo, o absurdo e o inadequado encontram neste livro uma das suas imagens mais justas, enquanto vemos desfilar, por entre a tão económica e acutilante línguagem de Kafka, a grande e burocrática fila dos desesperos humanos.
Num dia normal, um homem banal acorda. O mundo continua o mesmo, mas Gregor Samsa é outro - será? -, agora metamorfoseado num enorme e monstruoso insecto. Relegado para um quarto, o caixeiro-viajante torna-se uma anomalia, um ser paradoxal, uma coisa estranha e insuportável para os outros. Ainda um homem - será? -, procura ajustar-se à sua nova forma e à realidade de um corpo imposto, mas ninguém - parece - o vê ou encontra, que não é dizer o mesmo. O ostracismo, o absurdo e o inadequado encontram neste livro uma das suas imagens mais justas, enquanto vemos desfilar, por entre a tão económica e acutilante línguagem de Kafka, a grande e burocrática fila dos desesperos humanos.